Agentes da CIA foram deslocados para a Líbia para entrar em contato com os rebeldes e direcionar os ataques da coalizão, afirmou nesta quarta-feira o New York Times, enquanto a rede ABC indicou que o presidente Barack Obama tinha autorizado a agência a ajudar secretamente os rebeldes.
Sem reagir diretamente a essas informações, a Casa Branca reiterou que ainda não tinha decidido a respeito do fornecimento de armas à oposição que combate as forças do coronel Muamar Kadhafi.
Segundo o New York Times, elementos da central americana de inteligência foram enviados para a Líbia "em pequenos grupos" com a missão de estabelecer ligações com os rebeldes e determinar os alvos das operações militares.
A mesma fonte indicou que "dezenas de membros das forças especiais britânicas e agentes do serviço de espionagem MI6 atuam na Líbia", principalmente, para reunir informações sobre as posições das forças lealistas.
A ABC revelou que Obama havia assinado um memorando secreto autorizando operações clandestinas com o objetivo "de contribuir para o esforço" na Líbia.
Esse memorando, segundo a mesma fonte, "enumera formas de ajudar a oposição líbia, autoriza a ajuda a partir de agora e estabelece atividades a serem mantidas no futuro".
A ABC ressaltou, no entanto, que essa autorização não permite armar os rebeldes imediatamente, mas trabalha com a possibilidade de assumir essa posição no futuro.
Em reação nesta quarta-feira a essas revelações, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, recusou-se "a se manifestar sobre questões de inteligência".
"Repito o que o presidente disse ontem (terça-feira): nenhuma decisão foi tomada sobre o fornecimento de armas à oposição ou a qualquer grupo que esteja na Líbia. Não descartamos, mas ainda não decidimos isso. Examinamos todas as possibilidades de ajudar os líbios", indicou em um comunicado.
AFP
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