quinta-feira, 24 de março de 2011

Grêmio faz seis e massacra Inter-SM

ALEXANDRO AULER / AEJogadores do Grêmio jogam fácil e massacram "rival"

Não podia ser diferente. Diante de um Inter-SM em crise técnica e financeira, próximo de ser rebaixado no Campeonato Gaúcho e com um elenco com somente 18 jogadores, a chuvosa noite de Porto Alegre terminaria em goleada. A única dúvida era a quantidade de gols que o Grêmio marcaria na quarta rodada da Taça Farroupilha, o segundo turno da competição. Foram seis, dois no primeiro tempo e quatro no segundo. Marcelo Grohe garantiu a permanência do zero na outra metade do placar.

A vitória sem a necessidade de atuar em alta rotação poderia ter sido menor devido à atuação sem brilho do primeiro tempo. Mesmo diante de um adversário fraco com somente uma vitória na competição e principal candidato ao rebaixamento, o Tricolor fez força para ser vazado. Grohe, substituindo o selecionável Victor, realizou boas defesas e parou um pênalti do Colloradinho.

Da marca dos 11 metros, Douglas abriu o placar, logo aos 3 minutos de partida. Em 180 segundos tudo estava decidido. A expectativa era saber o tamanho do estrago que seria feito. Mário Fernandes ampliou.

A falta de intensidade da etapa inicial, tornando o jogo lento, se transformou nos 45 minutos finais, sendo facilitada pela expulsão de dois jogadores do adversário. Leandro, duas vezes, Junior Viçosa e Rafael Marques foram às redes fechando o resultado mais elástico desde a chegada do técnico Renato Gaúcho.

A goleada deixa o Grêmio na terceira colocação do Grupo 2. O Inter-SM segue zerado, ficando a quatro pontos do Pelotas, primeiro clube fora da zona do rebaixamento, na classificação geral, faltando quatro jogos para o fim se sua participação no segundo turno.

No fim de semana, o Inter-SM torcerá pelo Grêmio. O Tricolor enfrenta o Pelotas fora de casa, no domingo. No mesmo dia, o Coloradinho jogará contra o Juventude, em Caxias do Sul. O jogo - No terceiro minuto de jogo tudo estava, aparentemente, resolvido. Douglas cobrou pênalti sofrido por Gilson e colocou o Grêmio na frente. Vivendo crise financeira, disciplinar - com dois jogadores tendo sido dispensados no início da semana por chegarem embriagados para treinar -, e técnica, era improvável uma reação do Inter-SM. Entretanto, um dos atuais rebaixáveis do torneio mostrou-se corajoso, muito, também, pela falta de intensidade gremista.

Antes dos 10 minutos, o Tricolor tinha além do gol, mais duas oportunidades. Era o rascunho para uma goleada fácil. O esboço de uma vitória sem sustos não agradou, sendo jogado no lixo. A "intenção" era proporcionar emoção no Olímpico. Dando espaço na frente da área, o Grêmio precisou ter um Marcelo Grohe atuante em baixo da meta. Fora duas defesas em chutes de média distância. A terceira oportunidade foi a mais clara para o Interzinho, Cadu, livre da marca do pênalti, bateu para fora.

Mesmo sem precisar forçar, pressionar ou adotar uma postura agressiva, o segundo gol dos donos da casa apareceu. Em avanço de Mário Fernandes, Junior Viçosa rolou de calcanhar e o lateral ampliou.

Mesmo sem perspectivas promissoras em campo, o time de Santa Maria seguiu tentando. Aos 36 minutos, o árbitro marcou mão de Rodolfo. O lance ocorreu dentro da área, mas a assinalação foi fora. André Ceslak foi avisado pelo bandeira José Javel Silveira, voltou atrás e marcou a penalidade.

Renato Gaúcho, técnico gremista, parece cuidar de tudo no Olímpico. Até dos goleiros. Ele indicou para Gorhe para que lado o camisa 12 deveria saltar na cobrança. O goleiro obedeceu e parou o chute de Dinei. Antes do intervalo, o Tricolor sofreu dois pênaltis ignorados pela arbitragem.

Não demorou para sair o terceiro. Aos 7 minutos do segundo tempo, a defesa do Coloradinho estava aberta, Viçosa entrou na área e marcou. Para piorar a situação, Diogo Fernandes recebeu cartão vermelho logo depois, deixando o Inter-SM com um jogador a menos. A fragilidade do oponente e a vantagem numérica levaram o treinador tricolor a colocar mais um atacante, tirando Adilson e colocando a promessa Leandro.

Virou brincadeira. Perdeu a graça. A única dúvida era saber quantos mais seriam marcados. O quarto saiu da testa de Rafael Marques, após cobrança de escanteio. A moleza que o Grêmio tinha diante de si esbarrou na rigidez da trave nos chutes de Viçosa e Vinicius Pacheco. Aos 31, Leandro, de 17 anos, viu a bola esbarrar somente na rede. Aos 42, o garoto anotou o seu terceiro gol em três jogos como profissional.

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