Então veio 2006 e, após assumir a Secretaria Municipal de Educação, conheci o nosso ‘Pedro Archanjo’ em uma reunião política na casa do professor Afonso. Simpatizei-me de imediato com tal personagem. Na ocasião, ele estava na companhia do Dr.Darci, colaborador do Jornal. Depois de um bom bate papo em meio a um suculento churrasco, combinamos um encontro na Secretaria de Educação, posteriormente. Recebi-o em minha sala, tomamos um cafezinho e conversamos amenidades por algumas horas. Ali, recebi o convite para escrever para o Jornal. Nascia então, “Livros e Cia”, uma coluna com o fim de registrar, através de artigos e crônicas, minhas vivências e experiências com os livros, a música e o cinema.
Sempre tive sorte com os jornais. A exemplo dos demais escritores, eles serviram para que eu me tornasse conhecido e publicasse meus textos. Jornal é coisa que seduz. Drummond tem um verso no ‘poema do jornal’que traduz bem isso: “Vem da sala de linotipos a doce música mecânica”. No curso de Letras da UCDB, na década de 90, fui editor do jornalzinho acadêmico ‘É Preciso’. Nessa mesma década publique poemas no jornal “Correio do Estado”. A propósito, meu amigo Zé da Farmácia, hoje em coma após um acidente de trânsito, lia e elogiava meus poemas. Dizia-me ele, com um sol nos olhos: “Hoje saiu mais um poema seu. Está bonito. Parabéns”. Eu flutuava. Adorava aqueles salamaleques. E me empenhava mais no estudo da poesia. Afinal, a gente tem que sempre melhorar, para merecer um elogio.
E como melhorou este Jornal, em 2007! Os erros ortográficos e de pontuação diminuíram e um novo design, com roupagem mais profissional, tornou-o mais bonito. A tiragem mensal aumentou, assim como a área de circulação. Além disso, surgiu a versão eletrônica na Internet. Êta gaúcho arretado este Renato Rech, pensei eu, cá com meus botões, como que diagnosticando: tem ambição. Os grandes jornais não surgiram daí, da ambição e talento de seus donos e sócios? Não foi assim com o “Jornal do Brasil”, “O Globo” e a “Folha de São Paulo”, entre outros?
O tempo não pára, diz Cazuza, em sua genialidade. Chegou, então, 2008, com suas tempestades. O bom comandante, entretanto, sabe controlar o barco e chegar incólume à terra firme, onde, com os seus, comemora a vitória. É de vitória, pois, a trajetória deste Jornal, até esta data, sendo os méritos todos do nosso amigo Renato Rech, que, com certeza, começa a colher os frutos da sua persistência (ou seria teimosia?). Espero continuar a escrever neste Jornal, que, em breve, se tornará o “The New York Times” do nosso estado e país. Com a benção de Mãe Menininha do Gantois: Axé, Renato.
Por: Adeblando Silva