Se você assistiu ao “Pânico” no último domingo, conheceu a história do cachorro Pinpoo. Piadas à parte, foi muito sério o que aconteceu com esse bichinho. Sua dona, a senhora Nair Flores comprou uma passagem aérea de Porto Alegre para Vitória assim como pagou também pagou para que Pinpoo a acompanhasse.
Ela embarcou e Pinpoo deveria embarcar com as malas em virtude de seu tamanho e peso. Quando essa senhora fez a escala em Belo Horizonte ela descobriu que o cão não havia embarcado, o que foi um grande susto. Susto maior foi saber que o cão havia fugido do saguão da companhia aérea.
E a história não pára por aí. O cachorro ficou 14 dias sumido e para piorar a dona Nair em uma de suas procuras por Pinpoo caiu e torceu o pé. Na ausência de seu companheiro ficou deprimida, fez uso de medicamentos. Nesse ínterim, a companhia aérea teve a pachorra de entregar outro cão como se fosse o Pinpoo. Final da história: quem encontrou o cachorrinho foi um sargento da Brigada Militar gaúcha e assim Pinpoo e Dona Nair tiveram seu reencontro feliz.
Será final feliz mesmo? Acredito que não. Toda essa odisseia para encontrar Pinpoo levantou outros temas. Qual a responsabilidade da companhia aérea que perdeu o cão? O que fazer em uma situação dessas?
Como eu não sei ao certo quanto Dona Nair gastou nessa viagem, vamos simular se fosse comigo. Se eu levasse a Baby (minha poodle) para viajar comigo em um trecho Campo Grande – Porto Alegre, além de pagar as minhas passagens de ida e volta eu teria que arcar com as da Baby. Um animal doméstico paga 75% do valor de cada trecho. Para levá-la eu teria que comprar a gaiolinha que sai em média R$ 150,00. As vacinas dela teriam que estar em dia, caso não, eu pagaria por elas, mais consulta e o atestado médico. Barato? Nem um pouco.
Para quem tem animais e pode pagar, tudo bem. O problema não é o prejuízo financeiro, mas emocional. Pinpoo era o companheiro de uma senhora de 64 anos que morava sozinha. É uma falta de respeito o tratamento que as companhias aéreas tem com os bichos e seus donos. É urgente uma revisão na recepção dos animais para o embarque e desembarque.
Danos morais e danos materiais. No final, quem pagará essa conta? Pelo jeito vai ser briga de cachorro grande.
Nandra Laura
Assessoria de Imprensa Abrigo dos Bichos
www.abrigodosbichos.com.br
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