A confusão na imprensa internacional quanto à grafia do nome do ditador líbio – no POP, chamado de Muammar Kadhafi – não tem um dono da verdade. A variação dos nomes (al-Gathafi, Qaddafi, Kadafi, Gaddafi etc.) deve-se à tradução da língua árabe, já que idiomas latinos não têm elementos para registrar determinados sons. O que é feito, então, é uma transliteração, e não uma tradução propriamente dita, e cada meio adota uma convenção.
Segundo a rede norte-americana ABC, há 172 diferentes combinações para escrever o nome do ditador, há 41 anos no poder. O jornal “The New York Times”, por exemplo, que atualmente adota a grafia Qaddafi, já se referiu ao sobrenome do alvo dos protestos na Líbia de 40 maneiras, entre 1998 e 2008. Para a comunidade científica, o correto seria Mucammar Al Qaddafi, sendo que o último “i” teria um acento impossível de transcrever no teclado brasileiro.
Além da “crise de identidade” da tradução, há palavras que têm diferenças dentro do próprio árabe. Deus, por exemplo, possui 99 variações, enquanto o profeta Maomé, cinco.Redação POP
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