Por: Agencia Estado - Rosa Costa
O governo vai tentar convencer o senador Paulo Paim a desistir de sua campanha contra a proposta que reajusta o salário mínimo para R$ 545. O Planalto não teme apenas que a posição de Paim influencie outros senadores da base aliada nessa votação.
A maior preocupação é que o senador gaúcho, único dissidente da bancada do PT, queira aproveitar o debate sobre o salário mínimo para também tentar acabar com o fator previdenciário, que condiciona a aposentadoria do INSS à idade do trabalhador.
Ao contrário dos que rejeitam a fixação de uma idade limite para aposentadoria pelo Regime Geral da Previdência, o senador alega que isso já é feito pelo mecanismo do fator e 'de forma injusta e cruel'.
'Quem ganha R$ 3,5 mil só pode se aposentar com R$ 1,8 mil ou R$ 2 mil, no máximo, devido ao fator previdenciário', critica o senador.
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, já se manifestou favoravelmente ao fim do fator previdenciário, mas reconhece que dificilmente o assunto será tratado este ano.
Depois da vitória expressiva obtida na Câmara, o governo quer evitar que a discussão no Senado sobre o mínimo se transforme num problema. Na prática, o governo sabe que se alguma alteração for feita pelos senadores, o projeto terá que ser rediscutido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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