O Ministério da Saúde enviou esta semana um técnico para auxiliar a identificação dos sorotipos de dengue circulantes em Manaus. Amostras de sangue de pacientes com a doença deverão ser coletadas em vários pontos da cidade. Dentro de dez dias, o material deverá ser enviado para análise no Instituto Evandro Chagas. O objetivo é identificar qual dos quatro sorotipos da doença apresentam maior circulação na cidade.
De acordo com ministério, o receio maior é de que o sorotipo 1 - que por muito tempo deixou de circular na capital do Amazonas - tenha retornado em nível mais intenso. Como a circulação do vírus foi menor durante os últimos anos, houve um aumento de pessoas suscetíveis , o que pode aumentar o risco de epidemia.
O sorotipo 4, embora também tenha sido identificado no Estado há pouco tempo, também preocupa, mas em menor proporção. Isso porque, de acordo com dados da literatura, até hoje não há descrições de grandes epidemias provocadas por esse subtipo do vírus. O Ministério da Saúde orientou ainda o remanejamento de 140 profissionais do Programa Saúde da Família para centros de saúde e hospitais. A ideia é aumentar de oito para 47 o número de centros de saúde com atendimento até 22 horas.
Além do auxílio para identificação do vírus circulante, o Ministério anunciou semana passada outras medidas para tentar conter o avanço da doença na cidade. Dez carros para reforçar a aplicação de inseticidas contra o mosquito transmissor da dengue no Amazonas e 35 bombas costais, que são utilizadas pelos agentes para pulverização de inseticidas, foram enviadas. Essas unidades devem chegar a Manaus na semana que vem.
Semana passada, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou o repasse extra de recursos, para as Secretarias de Saúde do Estado e da capital. Ao todo, são R$ 49 milhões mensais para reforçar a assistência aos pacientes e R$ 11,6 milhões para as ações de vigilância em saúde.
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