Os sojicultores dos municípios de Campos de Júlio e Nova Lacerda, no noroeste do Mato Grosso estão frente a dificuldades para relizarem sua colheita nas propriedades demarcadas para homologação da terra indígena Uirapuru.
Segundo Rogério Romanini, diretor de Relações Institucionais da Famato, os índios querem impedir a colheita da soja em 6 mil hectares, sendo 4 mil de uma mesma propriedade. No entanto, Romanini diz ainda que os produtores estão propondo um acordo com os indígenas para que a colheita seja feita, uma vez que a homologação ainda não foi concluída.
De acordo com a federação, a área estabelecida pela Funai teve um acréscimo para 21.680 hectares, sendo 50% do total, há mais de trinta anos, ocupados por doze propriedades rurais.
"Tem vários processos no Tribunal Regional Federal, recursos dos produtores, aguardando julgamento. Queremos que a Funai converse com os índios para que eles entendam que precisam aguardar os julgamentos e deixem a gente colher até que essa questão judicial seja concluída", disse o produtor e dono de uma fazenda em Campos de Júlio, Evandro Cesar Padovani.
O diretor da Famato disse ainda que deve propor uma reunião entre o Ministério da Justiça e a Funai com o objetivo de buscar uma solução isenta de conflitos para ambos os lados. Os produtores questionam a demarcação, mas o representante da Funai em Cuiabá, Carlos Márcio Vieira Barros, desconhece a ilegalidade do processo e acrescenta que a área já foi homologada, faltando apenas indenizar as benfeitorias.
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