De acordo com um relatório do Tribunal de Contas da União, 98,56% da verba prevista para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, virá dos cofres públicos. Dos R$ 23 bilhões orçados, apenas R$ 336 milhões serão da iniciativa privada, mais especificamente, dos clubes Internacional, Atlético-PR e Corinthians.
Essa informação chega dois anos depois de o presidente do Comitê Organizador Local e da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, ter garantido que a maioria do orçamento do Mundial seria privado.
A Caixa Econômica Federal, responsável pelas obras de infra-estrutura das 12 cidades-sede, será a maior investidora, desembolsando R$ 6,6 bilhões. Os maiores gastos são previstos para São Paulo e Belo Horizonte.
O BNDES, por sua vez, disponibilizará R$ 4,8 bilhões, sendo R$ 3,6 bilhões para estádios. Desse valor, cerca de R$ 1,6 bilhão será posto no Rio de Janeiro, que reforma o Maracanã para a final do torneio.
Se Teixeira diz que a principal preocupação do país tem que ser com aeroportos, a Infraero não está alheia à situação. A empresa orçou R$ 5,1 bilhões para melhorá-los e, novamente, a cidade-sede mais necessitada do dinheiro é a capital paulista, que receberá R$ 1,9 bilhões.
Juntos, os governos estaduais vão desembolsar R$ 4 bilhões, enquanto os municipais pretendem defasar os cofres com R$ 1,5 bilhão. Apenas o valor orçado para os portos, o menor entre todos os gastos públicos, é mais de duas vezes o que a iniciativa privada pensa em investir.
Enquanto R$ 740 milhões estão previstos para as áreas portuárias, o Atlético-PR vai tirar R$ 113 milhões do próprio bolso para reformar a Arena da Baixa, mesmo valor do Internacional-RS com o Beira-Rio. O Corinthians, com R$ 90 milhões, completa os R$ 336 milhões.
Dos R$ 23 bilhões, R$ 11 bilhões são previstos para obras urbanas, R$ 5,1 bilhões para aeroportos e R$ 5,7 bilhões para doze estádios que vão abrigar o Mundial. Para a última Copa, a África do Sul gastou R$ 3,9 bilhões em dez arenas.
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