Era para ser um Gre-Nal neste domingo. O Cruzeiro eliminou o Inter e trocou o famoso clássico pelo quase esquecido Gre-Cruz, na semifinal do primeiro turno do Campeonato Gaúcho. Podia não ser o jogo esperado no Olímpico, mas em campo apareceu uma partida emocionante. Com seus titulares, o Grêmio conseguiu assegurar o seu lugar na final da Taça Piratini após conquistar um suado 4 a 2.
Podia ser um confronto de um time só, com o Tricolor aniquilando o adversário. Diferente dos clubes pequenos do Interior, o Cruzeiro foi valente. Não armou ferrolho, tentou ser equilibrado. O resultado apareceu um duelo tenso e próximo de uma reviravolta. O primeiro gol gremista saiu pouco antes do intervalo com Borges.
O segundo tempo foi especial. No começo Borges ampliou, mas, em seguida, Jô descontou. O time de Renato Gaúcho tentou ficar confortável no placar e Borges marcou o terceiro de pênalti. Léo, de cabeça, manteve o Estrelado na disputa. Nos acréscimos, Gabriel, também de pênalti, fez o último gol da tarde.
A final está programada para sábado. O Grêmio, porém, quer modificar o confronto para a quarta-feira de cinzas, pois na quinta-feira enfrenta o Léon pela Libertadores. O outro finalista sairá do jogo entre Caxias e São José.
O jogo - Muito mais na qualidade técnica de seus jogadores do que na fluência do futebol em campo foi como Grêmio construiu sua classificação. Tendo as proximidades da área congestionada, o time tentava pelos lados, com Gabriel e Gilson. Por dentro se tornou impossível progredir. Um Adversário sem constrangimento de parar jogadas com faltas dificultava, também, os avanços.
A façanha de eliminar na sequência Inter e Grêmio, tão improvável quanto a história de "Centauro no Jardim", livro escrito por Moacyr Scliar, integrante da Academia Brasileira de Letras, que morreu neste domingo, e mais ilustre torcedor do Cruzeiro, começou a se esfacelar a partir dos 30 minutos.
O Tricolor cresceu após um chute de longa distância de Douglas, até então, somente Fábio Rochemback, sempre de falta, tinha arrematado. Sessenta segundos depois, Gabriel acertou a trave. Antes de ver o sonho desaparecer, o Estrelado quase marcou, quando Diego Torres viu Victor fechar o seu ângulo e salvar.
No lance seguinte, aos 35 minutos, Gabriel passou pelo fundo, Borges se desvencilhou da marcação, apareceu na marca do pênalti e de primeira tocou inapelavelmente no canto.
A lógica se manteve no segundo tempo. Ela, entretanto, se apresentou de uma maneira peculiar, tornando o confronto com jeito de um grande jogo de futebol. Borges sentia que a tarde era dele. Em 10 minutos, o centroavante bateu três vezes. Na terceira, após ajeitada de cabeça de André Lima, ele acertou as redes outra vez.
Diferente das outras equipes que pisaram no tapete verde do Olímpico, o Cruzeiro, em nenhum momento, demonstrou medo, não se retrancou covardemente. Sempre tentou atacar. A recompensa surgiu com o mirrado atacante Jô. Magrinho e baixinho, ele cabeceou, descontando aos 12 minutos.
Pela terceira partida seguida, Borges compareceu no marcador. Pela primeira vez no ano, o camisa 9 marcou três gols no mesmo jogo. Puxado pela camisa ao chutar para fora, Borges abraçou a bola, colocou na marca do pênalti e ampliou, se tornando ao lado de Douglas ao artilheiro do clube em 2011, com cinco gols.
Tudo decido aos 15 minutos com o 3 a 1 para os donos da casa. Era esperar passar o tempo e a final chegar. Ledo engano. O Cruzeiro não esmoreceu. Léo, do alto dos seus 1,96m de altura, tocou de cabeça no canto oposto de Victor, colocando os visitantes novamente na disputa.
Empatar não foi possível, pois Victor, em grande defesa, espalmou tiro de longe desferido por Rafael Cearense. O jogo cresceu em tensão. A expulsão de Alberto, por mão na bola, aos 35 minutos, amoleceu o bravo Cruzeiro, definindo a passagem do Grêmio para a decisão do primeiro turno. Nos acréscimos, Júnior Viçosa foi derrubado na área. Gabriel cobrou a infração e guardou.A regra do futebol prevê jogos de 90 minutos de bola rolando (mais os acréscimos), além de 15 de intervalo. Mas o clássico deste domingo entre São Paulo e Palmeiras ficará na história como o confronto que terminou 3h15 depois do horário previsto para o início. Entre as situações que fogem à normalidade, a partida foi atrasada em 1h10 por causa da chuva e ainda teve uma interrupção no primeiro tempo por falta de energia. A partir do momento em que a bola rolou, pelo menos o ingresso valeu a pena, com muita emoção, uma expulsão e o empate por 1 a 1 no Morumbi.
Aliás, o Choque-Rei válido pela décima rodada do Paulistão correu o risco de ser adiado para a tarde de segunda-feira. A chuva que começou a cair por volta de 14h30 deixou o gramado uma verdadeira piscina no momento em que os times entraram em campo (às 15h55). O árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza esperou inicialmente por 30 minutos. A situação não evoluiu. Depois, aguardou mais meia hora, até que o campo apresentou uma boa situação.
No Choque-Rei deste domingo, destaque para os atacantes. No primeiro tempo, Fernandinho marcou um golaço para o São Paulo. Na etapa final, Adriano chamou a atenção ao cavar a expulsão de Alex Silva e garantir o empate com um chute de perna esquerda. O resultado da maratona leva o Palmeiras a 21 pontos, contra 19 do Tricolor. Pior para o Verdão, que perde a liderança.
Na próxima rodada do Estadual, os dois gigantes do futebol paulista entram em campo no sábado. Às 16 horas, o São Paulo visita o São Caetano no estádio Anacleto Campanella. Um pouco mais tarde (18h30), o Palmeiras enfrenta o Santo André, no Pacaembu.
O Jogo - A espera de mais de uma hora pela realização da partida não diminuiu a adrenalina nos dois lados. Na primeira disputa mais ríspida, Miranda e Valdívia já trocaram "carinhos" e foram advertidos. Pouco depois, o zagueiro acertou o chileno na lateral do gramado e levou o primeiro amarelo do dia.
O Palmeiras parecia melhor adaptado ao gramado pesado nos minutos iniciais. Na primeira chance para Marcos Assunção cobrar uma falta, Rogério Ceni teve imensas dificuldades para defender e quase proporcionou um rebote perigoso dentro da área.
Em um confronto extremamente truncado, com média de uma falta por minuto, a bola parada era a opção mais preciosa. Na chance que apareceu para o São Paulo, Dagoberto acertou um chute venenoso e observou uma defesa milagrosa de Deola no ângulo. Neste momento, os donos da casa já equilibravam as ações.
Em certos momentos, a ânsia em explorar os chutes de longe também proporcionava lances bisonhos. O palmeirense Tinga tentou de perna esquerda e quase mandou pela linha lateral: levou uma vaia de todo o estádio.
Na resposta, o são-paulino Fernandinho avançou pela esquerda, driblou Danilo e mostrou como se chuta ao marcar um golaço de perna esquerda, no ângulo de Deola, aos 25 minutos. Na comemoração, mais uma situação inusitada no clássico com a queda de energia, gerando outros 15 minutos de paralisação.
Na volta do jogo, Tinga teve uma nova chance de chutar de fora da área, desta vez com sua perna boa, a direita. O resultado foi o mesmo do arremate anterior, ou seja, ele levou outra vaia pela tentativa terrível. Enquanto isso, o São Paulo continuava mais perigoso no contra-ataque. Em um primeiro tempo que durou 60 minutos, Lucas teve no fim duas chances, mas parou em Deola e na falta de pontaria com a sua perna esquerda.
Para o segundo tempo, Felipão mostrou-se preocupado com o cartão amarelo recebido por Danilo e colocou Leandro Amaro para formar a defesa com Thiago Heleno. O São Paulo voltou, por sua vez, preocupado em atacar e incomodou três vezes em três minutos.
O clima em campo voltou a esquentar a partir do momento em que Miranda reclamou de uma cotovelada de Kleber. Na sequência do lance, Dagoberto acertou Tinga na lateral e recebeu amarelo. Os são-paulinos demonstravam irritação com a arbitragem.
E a falta de controle emocional custou caro ao Tricolor. Aos 12 minutos, Alex Silva foi reclamar de uma simulação de Adriano "Michael Jackson", que tinha acabado de entrar em campo, deu um tranco no adversário e foi expulso. Pouco depois, os donos da casa partiram para cima do árbitro para pedir a expulsão de Marcos Assunção em uma falta em Fernandinho. No lance, saiu somente o amarelo.
Com temor de uma expulsão, Felipão também sacou Assunção do jogo para a entrada de João Vitor. Em vantagem numérica, o Palmeiras passou a dominar. O empate ficou próximo aos 27 minutos, quando Tinga finalmente acertou um bom chute e parou em um milagre de Rogério Ceni.
No fim, o São Paulo começou a travar a partida com substituições. Mas o Palmeiras alcançou o empate aos 38 minutos, com um chute cruzado de Adriano, no canto esquerdo de Rogério Ceni: 1 a 1.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
São Paulo e Palmeiras empatam em maratona no Morumbi
Tempo chuvoso em São Paulo atrasou o clássico por mais de uma hora
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