Uma avaliação aplicada no primeiro semestre deste ano a 6 mil alunos de escolas municipais, estaduais e privadas de todas as capitais do país, mostrou que mais de 40% dos alunos que concluíram o 3º ano do ensino fundamental não têm o aprendizado em leitura esperado para essa fase, não conseguindo dominar bem atividades como localizar informações em um texto ou o tema de uma narrativa. O objetivo era avaliar o nível de aprendizado das crianças no início da vida escolar.
A Prova ABC é uma parceria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), do Instituto Paulo Montenegro/Ibope, do movimento Todos Pela Educação e da Fundação Cesgranrio. O modelo da avaliação é o mesmo adotado pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aplicado pelo Ministério da Educação (MEC) aos alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental. O aluno tem o aprendizado considerado adequado quando alcança 175 pontos.
A média das notas em leitura dos alunos participantes da Prova ABC foi 185,5 pontos. Entretanto, há grande variação nas notas de escolas públicas e privadas e entre estudantes do Norte e Nordeste em relação às outras regiões do país.
Os alunos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste tiveram desempenho superior a média nacional, chegando a 197 pontos no Sul. No Norte e Nordeste, os alunos atingiram, respectivamente, 172 e 167 pontos. A média dos estudantes da rede pública teve média nacional de 175,8 pontos, e os da rede privada, 216,7.
Os alunos participantes da prova também fizeram uma prova de redação para avaliar competências como coerência, coesão e adequação do texto ao tema proposto, alem do uso das nromas ortográficas e pontuação correta. Em uma escala de 0 a 100, o desempenho esperado era de 75 pontos. Porém, a média nacional foi 68,1, sendo a nota dos estudantes de escolas públicas 62,1 e de escolas particulares 86,1.
O conhecimento em matemática também foi avaliado. A média nacional foi 171,1 pontos, nota abaixo do nível determinado como aprendizado adequado. O aluno deveria ter feito 175 para se considerado apto a resolver problemas envolvendo notas e moedas, e ainda, dominar adição e subtração. Apenas 42% dos avaliados atingiram esse nível.
As habilidades em matemática dos participantes também foi superior na rede privada, com média de 211,2 pontos ante 158 na pública. Os alunos de Norte e Nordeste também tiveram resultados inferiores em relação aos participantes das demais regiões.
Com informações da Agência Brasil
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