domingo, 13 de março de 2011

Ministro promete interceder por produtores de MS

A Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) e a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) vão elencar medidas para minimizar as perdas dos produtores de Mato Grosso do Sul com as chuvas dos últimos dias. A posição foi acertada hoje (11.03) entre o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, o diretor da Famasul, Dácio Queiroz, e o presidente da Aprosoja, Almir Dalpasquali, em reunião na Base Aérea de Campo Grande.

O ministro e sua comitiva vieram ao Estado ver de perto a extensão dos estragos da chuva. Foram recebidos pelo governador, André Puccinelli, pelo prefeito de Campo Grande, Nelson Trad, e por uma comitiva de 12 prefeitos dos municípios mais afetados pela enchente. Segundo Puccinelli, os efeitos da chuva foram abordados com o ministro a partir de três problemas específicos: as 891 famílias desalojadas que perderam tudo e não poderão voltar para casa; os danos causados nas estradas e o déficit que as perdas vão gerar no caixa de MS por conta da queda na arrecadação. “Cerca de 85% da receita tributária do Estado vem do ICMS”, enfatizou o governador, calculando o prejuízo a partir de uma quebra inicial estimada em um milhão de toneladas de soja perdidas na lavoura. “Vai ser um ano de vacas magras”, enfatizou.

Segundo o ministro, a recuperação de estradas e reconstrução de pontes está entre as prioridades nas medidas de emergências para o Estado. “É necessária a construção de pontes de concreto e não mais de madeira para que não se repita o que aconteceu”, enfatizou. Bezerra não prometeu nenhuma liberação de recursos, mas se comprometeu de interceder junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) para a elaboração de medidas que contemplem a todos os produtores situados nos municípios de emergência reconhecida, sem a necessidade de renegociação caso a caso, como acontece normalmente.

“O ministro sinalizou com a esperança que haverá medidas que venham amenizar as perdas com a cheia, que agravou a situação causada pela situação inversa, de extrema seca, verificada no ano passado”, ressaltou Dácio Queiroz. Até a manhã de sexta-feira, cinco municípios sul-mato-grossenses haviam decretado situação de emergência e aguardavam o reconhecimento federal para esta condição. A previsão é de que outros 11 sigam o mesmo caminho nos próximos dias. Com a emergência reconhecida, será possível aos produtores rurais renegociar dívidas com as instituições financeiras.

Rosane Amadori
Coordenadora | Jornalista / MTB 8459/RS

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