Por: Agencia Estado - Rosa Costa
A Mesa Diretora do Senado decidiu hoje encerrar, nos finais de semana, o atendimento do serviço médico da Casa. O primeiro-secretário, Cícero Lucena (PSDB-PB), informou que a decisão resultará numa economia de R$ 3,5 milhões ao ano, sem afetar a comodidade dos servidores que dificilmente utilizam o serviço no sábado e domingo. Com condições de prestar vários tipos de atendimento, as instalações do serviço ficam a poucos metros do prédio-sede do Senado e, segundo o secretário, atende em média apenas três pessoas nos finais de semana.
'Nós encontramos essa situação verificando por gestão de resultados o que pode ser economizado na Casa', informou. Lucena adiantou que outras medidas serão adotadas para 'aprimorar' a administração do Senado. 'Esse é o caminho que toda a sociedade está esperando, não é apenas uma reforma administrativa, quantitativa, de redução de cargos, mas é de qualidade também, para que tenha mais eficiência na administração, os desperdícios sejam evitados, os cortes que podem ser feitos sejam realizados.' Ele lembrou que os servidores contribuem para dispor de um plano de saúde que garante atendimento em várias clínicas e hospitais.
Os gastos do Senado com saúde são mantidos em sigilo. A instituição assegura atendimento médico, psicológico e dentário vitalício, no Brasil e exterior, para os atuais senadores, cônjuges e filhos até 24 anos, se for estudante ou deficiente. Os ex-senadores teriam de se enquadrar na regra que prevê o reembolso de R$ 32 mil por ano, mas não raro esse limite é ignorado e a Casa reembolsa valores mais elevados.
A divulgação dos gastos viabilizaria a checagem sobre a existência ou não do atendimento, já que há denúncias de uso indevido do dinheiro. Ocorre que, mesmo se tratando de dinheiro público, o assunto é visto como 'questão privada' dos parlamentares e, portanto, protegido pelo sigilo dos dirigentes do Senado. Com relação aos servidores, eles contribuem para o Sistema Integrado de Saúde (SIS) para terem atendimento médico.
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