terça-feira, 1 de março de 2011

Clube dos 13 aposta que Cade proibirá negociação da Globo

AE/Paulo PintoPresidente do Clube dos 13 espera melar negociações da Globo com clubes rebeldes












O Clube dos 13 terá, nesta terça-feira, uma reunião com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, para tentar acalmar o racha entre os clubes do futebol brasileiro. Mas, mesmo tendo assinado um acordo com o Cade e a Rede Globo, o C13 pode estar de mãos atadas. O Termo de Cessação de Conduta (TCC), redigido em outubro de 2010, determinou o fim do direito de preferência da Globo na negociação pelos direitos das três edições do Campeonato Brasileiro entre 2012 e 2014, e exigiu uma concorrência livre e transparente. Mas oito clubes declararam insatisfação com o modelo atual de negociação e decidiram conversar diretamente com a emissora, que não deve participar da licitação formal.

A esperança do Clube dos 13 é que a negociação paralela com a Globo seja barrada pelo Cade, devido ao acordo assinado em agosto. "O TCC foi assinado pela entidade, a União dos Clubes Brasileiros (C13). Quando os clubes é que negociam, tecnicamente não estão obrigados a cumpri-lo. Mas estão sujeitos a novo processo", afirmou Patrícia Agra, especialista em concorrência e ex-assessora jurídica do Cade, ao jornal "Lance". Mas os clubes alegam que foi o C13 quem assinou o acordo, e não as equipes, e desta forma, estariam aptos a negociar livremente. "Esse acordo não vincula os clubes. O clube, não sendo parte desse acordo, não tem parte nisso. Mas para saber se tem infração precisaria olhar o texto", disse Luís Felipe Santoro, advogado especializado que presta serviços a vários times, entre eles o Corinthians.

O Clube dos 13 não pensa dessa forma. "O C13 assinou no Cade em nome dos clubes porque assim está previsto no nosso estatuto. O C13 não foi notificado no Cade só como entidade que administra os direitos, mas foi citado em nome dos 20 clubes", afirmou ao "UOL Esporte" o diretor jurídico da entidade, Celso Rodrigues. O Cade, por ora, não se pronunciará oficialmente até o fim da licitação, para evitar pré-julgamentos.Redação POP

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