domingo, 20 de maio de 2012

ETAPA DE ALIMENTAÇÃO DOS QUARTÉIS

REAJUSTE APÓS 18 ANOS EM R$ 3,50

Congelada desde 1995 em R$ 3,50, a chamada Etapa de Alimentação, que cada unidade das Forças Armadas recebe para alimentar diariamente cada um de seus homens, será reajustada em 2013. A informação é da Comissão de Estudos de Alimentação das Forças Armadas (Ceafa), órgão que conduz estudos sobre o assunto.

Abordada por fonte em posição de comando sobre o congelamento da Etapa de Alimentação, a Coluna procurou o Ministério da Defesa e obteve resposta oficial dando conta dos planos de reajuste. Segundo a Defesa, a Ceafa "já tem previsto em seu planejamento para este ano uma nova rodada de discussões para a proposição dos novos valores de etapas. Há que se considerar que esses reajustes trazem impactos diretos nos orçamentos das Forças, motivo pelo qual tais decisões devem levar sempre em conta as orientações da área econômica do Governo".

A íntegra da nota da Defesa está neste blog, no post anterior, nela há explicação adicional que atualmente o gasto por homem com alimentação está sendo complementado financeiramente de modo a não haver prejuízo ao bem estar da tropa. "É bom esclarecer, que tanto os valores das etapas quanto dos complementos financeiros não são pagos diretamente aos militares, ou seja, eles não recebem o valor em espécie ou como algum tipo de 'vale refeição'. Esses valores ficam à disposição das Organizações Militares, como créditos ou limites financeiros necessários para custear a preparação das refeições servidas aos militares", esclarece a nota oficial.

Um leitor escreveu se queixando que a o valor da Etapa de Alimentação está "congelado" desde jan/95, sendo que está fixado em +/- R$ 3,50(varia um pouco dependendo da região do país). Diz ele; "Esse valor,que cabe ao MD propor o reajuste (e que nunca, desde a sua criação,nunca propôs nenhum reajuste, nem uma vez sequer!!) não é reajustado,talvez porque não haja inflação em nosso país, só se for isso! Dessa forma, com um valor aviltante como esse, como propiciar alimentação? Nem uma "quentinha" ou um "pf" saem por esse preço, mas parece que no MD ninguém sabe disso"."... como fazer para alimentar um soldado com café, almoço e janta com R$ 3,50 por dia... Acredito que com esse valor, nem com milagre!"

Ante ao questionamento, a Coluna apresentou um questionamento que resultou na Coluna deste sábado publicada no jornal O DIA do Rio.

Confira abaixo a íntegra da resposta do Ministério da Defesa:

RESPOSTAS AOS QUESTIONAMENTOS:

" 1) Há planos de reajustar a etapa de alimentação das Forças Armadas?

Sim. A Comissão de Estudos de Alimentação das Forças Armadas (CEAFA), órgão que conduz estudos sobre o assunto, já tem previsto em seu planejamento para este ano uma nova rodada de discussões para a proposição dos novos valores de etapas.

Há que se considerar que esses reajustes trazem impactos diretos nos orçamentos das Forças, motivo pelo qual tais decisões devem levar sempre em conta as orientações da área econômica do Governo.

A pretensão é iniciar 2013 já com um novo valor de etapa e uma revisão dos complementos financeiros.

2) Se afirmativo, para qual valor deve ir?

Conforme dito acima, esses valores serão objeto de estudos da CEAFA, já no início do segundo semestre de 2012.

3) Se negativo, qual o motivo para manter o valor?

ESCLARECIMENTOS ADICIONAIS:

Cada Organização Militar dispõe, mensalmente, de um somatório de recursos financeiros e materiais para a elaboração e preparação da alimentação de seus contingentes. A totalização desse somatório pode ser resumida da seguinte maneira:

Recursos para alimentação = (nº de militares na guarnição X 30 dias) X (valor da etapa da região + complementos financeiros pertinentes).

Com base nesse montante de recursos é que as organizações militares planejam o provimento da alimentação necessária para suas guarnições - planejamento esse que prevê a aquisição dos gêneros alimentícios consequentes.

Cabe mencionar que as Forças Armadas possuem estruturas centralizadas de compras, de armazenagem e de laboratórios de análise, que possibilitam compras a preços menores que aqueles praticados no mercado.

Além disso, a mão de obra de cozinheiros e auxiliares, bem como as infraestruturas das cozinhas das organizações militares não compõem os custos de produção das refeições fornecidas e custeadas com os "recursos para alimentação" mencionados acima.

Outra observação importante: nem todos os militares que integram a guarnição de uma Organização Militar fazem todas as refeições diárias (café da manhã, almoço, jantar, ceia e lanche de serviço) na própria OM, uma vez que nos jantares, ceias e nos finais de semana e feriados apenas a parcela que guarnece os postos de serviço (em média um terço do efetivo) é que faz todas as refeições.

Exceções acontecem, como no caso das tripulações de navios e/ou aeronaves em regime de viagem, ou de quartéis em operações e/ou em regime de prontidão, onde todas as refeições mencionadas são efetuadas por toda a tripulação, durante o período em que durarem esses regimes especiais. Nesses casos, contudo, complementos financeiros específicos são concedidos pelas respectivas Forças.

É bom esclarecer, que tanto os valores das etapas quanto dos complementos financeiros não são pagos diretamente aos militares, ou seja, eles não recebem o valor em espécie ou como algum tipo de "vale refeição". Esses valores ficam à disposição das Organizações Militares, como créditos ou limites financeiros necessários para custear a preparação das refeições servidas aos militares. "

Postado por: Força Militar às 00:17 19/05

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