quinta-feira, 24 de maio de 2012

Aprovação de "contas-sujas" provoca reação do Judiciário e de movimentos sociais

A aprovação da Câmara do projeto de lei que permite que os políticos “contas-sujas” se candidatem provocou reações negativas no Judiciário e nos movimentos da sociedade que lutam contra a corrupção. Por outro lado, políticos e especialistas eleitorais defendem a medida.

O ministro Marco Aurélio Mello , um dos que votou pela aprovação das contas eleitorais dos candidatos no Tribunal Superior Eleitoral, alfinetou os parlamentares, afirmando que não é a primeira vez que o Congresso reagiu contra uma decisão de tribunais, aprovando leis em causa própria. Para ele, a proposta acaba com a prestação de contas, pois não haverá consequências para quem for reprovado.

Votado em grande maioria na Câmara, à exceção do PSOL, o projeto segue para o Senado. O líder da Casa, Eduardo Braga (PMDB) acredita que lá o debate será maior e afirma ser contra a aprovação das contas.

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) afirmou em nota que repudia a aprovação do projeto sem qualquer debate popular e pede que o Senado rejeite.

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