quarta-feira, 4 de maio de 2011

França recua e permite que brasileiros e americanos analisem caixas-pretas

AFP/ BEA/ECPAD/JOHANN PESCHEL
Imagem mostra a segunda caixa-preta do voo 447











O secretário francês dos Transportes, Thierry Mariani, anunciou que especialistas brasileiros e americanos também vão poder acompanhar a transcrição das duas caixas-pretas do voo 447, que caiu no Oceano Atlântico em 2009 com 228 pessoas a bordo. A credibilidade das investigações vinha sendo questionada pela suposta falta de independência do Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês), ligado ao Ministério dos Transportes da França.


Para familiares das vítimas do acidente com o Airbus da Air France, o BEA tem “interesses políticos e financeiros” e pode realizar “relatórios tendenciosos e incompletos". O Estado francês possui ações da companhia aérea e também da empresa que fabricou os tubos de velocidade do avião, que podem ter falhado.

Já o BEA defende que a falha dos sensores, chamados de “tubos pitot”, "são um dos elementos, mas não a causa do acidente". A associação brasileira dos parentes das vítimas chegou a pedir que as caixas-pretas fossem analisadas em território “neutro”, como os Estados Unidos.

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