sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Orlando Silva fala sobre 'elefantes brancos' e apoia operários em greve

O Ministro do Esporte, Orlando Silva, concedeu entrevista para os internautas brasileiros nesta sexta-feira, no Twitter, através de uma transmissão ao vivo por Twitcam. Ele respondeu a diversos temas relacionados à Copa do Mundo de 2014, defendeu os operários em greve, falou sobre a escolha das cidades sedes e mostrou preocupação com os possíveis "elefantes brancos".

O Ministro afirmou que os eventos importantes da Copa do Mundo, como o sorteio e o encerramento, serão divididos entre as cidades. São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Salvador se candidataram para receber a abertura do evento.

"São Paulo, Brasília, Salvador e Belo Horizonte se candidataram para receber a abertura. Mas é a Fifa que vai decidir,conforme critérios técnicos. Vai olhar rede hoteleira, a infraestrutura, os serviços, aeroportos, tamanho dos estádios. Tanto na abertura, no encerramento e nas fases semifinais, queremos fazer o máximo de atividades em cidades diferentes, para a Copa ser realmente nacional, vamos insistir nisso com a Fifa. Mas essa questão não é simples, todos os prefeitos, governadores e a sociedade querem a abertura, o encerramento e outros eventos em sua cidade.", disse Orlando Silva.

Perguntado sobre as prioridades das obras, Orlando Silva declarou que o principal a ser feito eram os estádios, pois é onde se realizam os jogos. Ele está feliz com o andamento das construções, pois todas já começaram. O Ministro ainda afirmou que nove arenas serão inaugurados até o final de 2012, enquanto as demais ficam para o ano seguinte. Seguindo na ordem de importância, estão os aeroportos, oito já estão em obras e outros cinco iniciam reformas até o final deste ano.

A autoridade brasileira foi questionada sobre os possíveis "elefantes brancos" após 2014. Isto é, os estádios em cidades com baixa média de público e com times sem tradição no cenário nacional:

"Esse é um assunto importante. Eu gosto de observar o exemplo de Cuiabá, que permite que a arena de 42 mil lugares possa passar a ter 25 mil, se for necessário, para dar viabilidade econômica. Fizemos uma opção junto com a Fifa de 12 cidades sedes. É evidente que terão cidades com mais e menos tradição no futebol. Realizar em cidades com menos tradição é ajudar no desenvolvimento da região e da cidade. E não se pode fazer copa no Brasil sem a Amazônia, sem Manaus, uma das cidades mais importantes do país. É importante para ter a valorização desses locais."

No contexto de greves dos operários, como acontece no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte atualmente, o Ministro ficou ao lado dos trabalhadores. Para ele, os grevistas têm seu direto de parar de trabalhar para alcançarem suas necessidades. Orlando não se surpreendeu com essas greves e sabe que novas virão: "O que não podemos é perder o diálogo com os trabalhadores. Os trabalhadores estão tão interessados quanto o governo em concluir os estádios no prazo, mas eles têm suas necessidades. Não me surpreendo com essas greves nem com as futuras, que provavelmente virão."

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