quarta-feira, 4 de maio de 2011

Prisioneiros da Coreia do Norte comem ratos para sobreviver, aponta relatório da AI

Imagem de satélite mostra o campo de trabalho 15 (PPC 15), na região central do país










A organização Anistia Internacional (AI) denunciou que mais de 200 mil pessoas detidas nos campos de trabalho forçado na Coreia do Norte são mantidas em condições “atrozes”. Segundo um relatório feito a partir de imagens de satélite e depoimentos de ex-detentos, eles assistem a execuções de companheiros e comem ratos para sobreviver.

Nos últimos 10 anos, o número desses locais cresceu significativamente. Em campos de trabalho como o de Yodok, no centro-leste do país, os prisioneiros presenciaram execuções públicas. Em Kwanliso, cerca de 15 mil pessoas estão presas como “culpadas de associação” ou por terem algum familiar detido.

“Os prisioneiros têm que trabalhar em condições próximas da escravidão e são submetidos a frequentes torturas e tratamentos cruéis, desumanos e degradantes”, denuncia o relatório da ONG. Um dos ex-prisioneiros de Yodok contou que a jornada de trabalho começava às 4h e prosseguia até 20h, seguida de duas horas de “reeducação ideológica”. Ele ainda afirmou que diariamente morria pelo menos uma pessoa.

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