Abafada pela votação do novo Código Florestal, o governo lançou na terça-feira, dia 24, a campanha “Adoção: família para todos”, que pretende incentivar a adoção de crianças com mais de três anos de idade. No Brasil, 90% das pessoas preferem adotar bebês brancos, segundo o Cadastro Nacional de Adoção.
O país tem 4,6 mil crianças que esperam um lar, mas 65% são negras, que apenas um terço dos candidatos a pais aceitam. “Muitas pessoas buscam perfis étnicos específicos. É importante que as pessoas abram possibilidade de adoção que busquem o perfil que as crianças têm. Pode ser muito feliz a adoção de uma criança com mais idade”, disse a ministra Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos), presente na solenidade.
Ao lado de Maria do Rosário, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), que adotou duas crianças, reforçou o recado – em meio a alfinetadas à oposição pelo caso Palocci: “As crianças que têm idade superior a quatro, cinco anos, ou quando são irmãos, só são adotadas, em geral, por casais estrangeiros. Esse evento visa chamar a atenção do país para essa realidade. Nossos abrigos estão lotados. Precisamos de mais gestos de generosidade de brasileiros, de famílias que se disponham a fazer a adoção”.
No evento, Carvalho negou que as ações do governo em torno do ministro da Casa Civil, que até agora conseguiu se livrar de prestar explicações ao Congresso sobre sua evolução patrimonial, sejam uma “blindagem”. “Palocci já respondeu a quem ele deveria responder, ao Fisco e à Receita. Agora está preparando sua resposta ao procurador-geral da República", justificou. Ele defendeu que a oposição aumenta a polêmica como forma de uma “luta política”.
Mães que não querem ficar com o filho devem entregá-lo para a adoção:
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