Trabalhadores são tercerizados e atuam na obra da usina de Três Lagoas. Segundo Sintricom, 500 funcionários entraram em greve.
Aproximadamente 500 funcionários da Engecampo, uma das empresas terceirizadas que atuam nas obras de ampliação da usina termelétrica Luiz Carlos Prestes, da Petrobras, em Três Lagoas, distante 338 quilômetros de Campo Grande, entraram em greve nesta terça-feira (24).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Mobiliário da Construção Civil de Três Lagoas (Sintricom), Agmar Luiz de Souza, representantes da companhia estão no sindicato aguardando os representantes de uma comissão de funcionários que participa das discussões para apresentar uma contra-proposta.
Flávio Bitencourt, um membros desse grupo de trabalhadores, relata que foram feitos quatro pedidos à companhia, que foram apresentados apresentados em reunião na segunda-feira (23). O primeiro deles, segundo o trabalhador, diz respeito as horas extras.
Os funcionários querem acréscimo de 50% nas duas primeiras horas e 100% nas restantes durante a semana. Aos sábados as horas extras seriam pagas com 100% de acréscimo. Aos domingos, a exigência é de 100% nas duas primeiras horas trabalhadas e 130% nas restantes.
Flávio afirma que os representantes da companhia prometeram conceder os acréscimos, entretanto, ameaçaram contratar novos funcionários para atuarem nos contra-turnos e finais de semana, não havendo, assim, a necessidade de convocar os atuais empregados para horas extras.
A segunda reivindicação é o aumento do valor da cesta básica, que passaria de R$ 90 para R$ 240. Eles também pediram um plano de saúde a nível nacional. De acordo com o representante da classe, atualmente é fornecido um plano familiar que pode ser usado somente em MS. Contudo, o trabalhador afirma que a maioria dos colegas veio de fora do estado, o que torna inviável o deslocamento apenas para tratamento médico.
Flávio disse também que os trabalhadores abrem mão desse terceiro ponto para focar na questão do reajuste salarial. Foi exigido 33,03% de aumento. Segundo o representante, houve reajuste recentemente e somente algumas funções tiveram essa porcentagem de acréscimo. A intenção seria um mesmo aumento para todas as classes de funcionários da Engecampo.
O G1 entrou em contato por telefone com representantes da Engecampo em Três Lagoas para falar a respeito da paralisação. Uma das pessoas contatadas pediu que as perguntas fossem encaminhadas via e-mail, o que foi feito. Entretanto, nenhuma resposta foi recebida até o final desta reportagem.
Mais informações -9999 8939 (Corumbá) - 9262 1592
Gerson Jara - 9651 8284
Assessoria Sintricon
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