Paulo César Ribeiro Martins/Doutor em Psicologia pela PUCCAMP
Professor da UEMS/AEMS/FIPAR/Psicólogo Clínico em Três Lagoas/MS
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A sexualidade é algo inerente ao indivíduo, impossível de ser ignorada, ela se manifesta independente da vontade do indivíduo, aliás, ela se manifesta desde antes do nascimento, inicialmente pelo meio social e pelos pais que já preparam o quarto para receber o recém-nascido, todo rosa ou azul. O primeiro para as meninas, representando à sensibilidade, a feminilidade, a delicadeza, ou seja, ali chegará uma princesinha frágil que precisa de toda atenção, proteção e cuidado. Já o segundo, o azul, para os meninos simbolizando a masculinidade, a força, indicando que ali abrigará o novo homem da casa, o garoto forte e independente que nunca chora, pois é “macho” e chorar é coisa de mulher. Assim começa a construção da sexualidade, a história do ser homem ou ser mulher, ou seja, as identidades de gênero do indivíduo baseada em seu sexo.
A palavra sexo se refere unicamente à marca biológica do indivíduo, a caracterização genital e natural que diferencia o homem da mulher, isto é, as características anatômicas (genitais) e funcionais (extragenitais) que distingue o macho da fêmea, assim como nos vegetais e animais.
Toda a significação dada ao sexo constitui a sexualidade, que, segundo os Parâmetros Curriculares Nacional e o Guia de orientação sexual publicado pelo Centro de Estudos e Comunicações em Sexualidade e Reprodução Humana em 1994 é algo inerente ao ser, manifestando-se do nascimento até a morte de formas variadas de acordo com cada idade e independentemente do fator reprodutivo, pois a sexualidade tem caráter prazeroso. Assim ela se constrói ao longo da vida por meio de um aprendizado contínuo, começando a partir das primeiras experiências afetivas do bebê ainda com sua mãe, pai ou com quem cuida dele, seguindo com as relações familiares, sociais e com as influências culturais. A capacidade maternal de acolher, aconchegar, tocar e acarinhar o filho é de grande importância em seu desenvolvimento e em sua vida psíquica, pois aí está à base para a construção de suas respostas eróticas, de sua capacidade de construir laços amorosos e do desejo de aprender.
A sexualidade quando reprimida pode interferir no desenvolvimento da criança prejudicando seu desempenho escolar desde sua alfabetização. A escola precisa estar atenta a essa dimensão humana e ter profissionais preparados para enfrentar a situação e ajudar as crianças. A vivência de uma sexualidade saudável é de fundamental importância no desenvolvimento global dos indivíduos, para tanto ela precisa ser construída de acordo com as possibilidades peculiares e suas interações com o meio que envolvem a educação e a orientação sexual.
Um comentário:
Amei este conteúdo,vou sentar com meus filhos e comentar sobre o assunto. pois a orientação sexual é muito importante.
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