O ex-presidente Lula está sendo acusado de improbidade administrativa por utilizar a máquina pública para realizar promoção pessoal e favorecer o Banco BMG, junto com o ex-ministro da Previdência Social Amir Lando. As informações são do jornal “O Globo”. O Ministério Público Federal pediu o bloqueio dos bens dos acusados e o ressarcimento aos cofres públicos de cerca de R$ 9,5 milhões, que foram gastos de forma indevida.
De acordo com o MPF, mais de 10,6 milhões de cartas com conteúdo de “propaganda” foram enviadas aos assegurados do INSS, com dinheiro público, entre outubro e dezembro de 2004. As cartas eram referentes à obtenção de empréstimos consignados com taxas de juros reduzidas.
Segundo a ação, as cartas não precisavam ser enviadas com a assinatura direta do então presidente e do ministro, de modo que o objetivo foi promover as autoridades, usando dinheiro público. O MPF aponta também que o Banco BMG foi beneficiado com essa ação, sendo o único particular a operar a nova modalidade de empréstimo na época.
Se condenados, os acusados poderiam ter os direitos políticos suspensos, pagar multa, ficar proibidos de contratar ou receber benefícios do Poder Público e perder função pública ou aposentadoria. As investigações apontam que as negociações com o BMG podem estar relacionadas ao caso do mensalão, escândalo de pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio.
Redação POP
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