sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Fotógrafos acusam goleiro Bruno de agressão em Minas Gerais

Contagem (Minas Gerais) - O goleiro Bruno agrediu dois fotógrafos nesta sexta-feira no Fórum de Contagem (MG). A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues havia permitido que a imprensa registrassem imagens por cinco minutos. Durante este momento, Bruno foi ao banheiro, e no caminho teria acertado um deles no peito e outro no olho.

O fotógrafo do jornal O Tempo Samuel Aguiar afirmou ter sido atingido no olho. O funcionário do jornal Hoje em Dia Frederico Haikal disse que o goleiro o acertou no peito. No entanto, os dois afirmaram que não irão tomar nenhuma atitude quanto ao caso. A juíza não se manifestou sobre o ocorridoGoleiro teria agredido dois fotógrafos um no peito e outro no olho Foto: O Tempo
O advogado que defende o goleiro Bruno, pediu nesta sexta-feira o adiamento do depoimento dos acusados pelo desaparecimento e Eliza Samudio. O depoimento estava previsto para ocorrer na próxima semana. O pedido e outras 18 petições serão analisados pela juíza Marixa Fabiane Lopes, do Tribunal do Júri de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), que deve se pronunciar sobre o assunto até as 14h desta sexta-feira.

No documento entregue à juíza na manhã desta sexta-feira, Quaresma alega que o inquérito policial ainda não foi concluído, apesar de o caso já estar em fase de instrução na Justiça, já que a polícia segue realizando buscas à procura do corpo da estudante. Na quarta e na quinta-feira, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil fizeram buscas no parque Lago do Nado, em Belo Horizonte, onde foi encontrada uma blusa feminina e objetos pessoais, que serão periciados.

Advogado renuncia defesa de primo do goleiro Bruno

O primo do goleiro Bruno, Sérgio Rosa Sales, está sem advogado. Nesta sexta-feira, Wiler Vidigal, profissional que assumiu a defesa do jovem na última quarta-feira, informou que renunciou à função. Ao protocolar a decisão, Wiler alegou que deixa Sérgio por respeito ao advogado Marco Antônio Siqueira, ex-representante, e por questões éticas.

A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues aceitou o pedido, mas afirmou que Wilier deve continuar a defender Sérgio nos próximos dez dias. A juíza afirmou ainda que Sérgio demonstrou interesse para que ele continue como defensor. “Após os dez dias estabelecidos pela lei, vamos conversar e decidir o que faremos”, afirmou o advogado ao jornal mineiro, O Tempo.

Na quarta-feira, durante audiência em Ribeirão das Neves, Sérgio Rosa Sales pediu a palavra, afirmou ter sofrido torturas para contratar Siqueira como seu advogado e anunciou que Wiler Vidigal seria seu novo defensor.
Entenda o caso:
Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.
No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. No dia seguinte, O DIA noticiou, com exclusividade, o caso. Com equipes de reportagem no local, O DIA ONLINE acompanhou a investigação da história, minuto a minuto, a partir do dia 26 de junho.

A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa, mas logo conseguiu a liberdade. O goleiro e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.

Na quarta-feira 7 de julho, a Justiça decretou prisão preventiva do goleiro Bruno, o amigo Macarrão, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos - conhecido como "Neném", "Bola" ou "Paulista", sua mulher Dayanne e mais quatro envolvidos no crime. A polícia apreendeu ainda um menor, de 17 anos, primo de Bruno, que teria participado da trama. No dia seguinte, 8 de julho, a mãe de Eliza Samudio ganhou a guarda provisório do bebê, agora com 5 meses. No dia seguinte, Bruno, Macarrão e Neném foram convocados a prestar depoimento mas se negaram. Segundo seus advogados, os acusados só falarão em juízo.

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