quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Lindemberg Alves é condenado a 102 anos e 5 meses de prisão

Após quatro dias de julgamento e aproximadamente três horas de discussão entre os jurados, Lindemberg Alves Fernandes foi considerado culpado por 12 crimes, entre eles o assassinato da a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel (15 anos), em outubro de 2008, após mantê-la refém por mais de 100 horas na casa da própria vítima, em Santo André.

Cada um delitos atingiram o grau máximo de penalidade, além de uma multa, totalizando 102 anos, cinco meses e 25 dias de reclusão em regime fechado, além de uma multa de . A justiça entendeu que o réu agiu com frieza e egoismo em cada ato, bem como oferece periculosidade social. As penas foram somadas de cada indicação do réu. Pela lei brasileira, o acusado não pode ser condenado por mais de 30 anos por cada delito.

Lindemberg foi acusado pelos crimes de quatro disparos de arma de fogo, cinco ocorrências de cárcere privado (contra Eloá, Vitor Lopes, Iago Oliveira e duas vezes contra Nayara Rodrigues, que chegou a ser liberta e voltar ao local), além de duas tentativas de homicídio (contra Nayara e o sargento Atos Valeriano) e homicídio afetivo contra Eloá. Os sete jurados que participaram do julgamento tiveram que responder 49 perguntas elaboradas pela juíza Milena Dias, sobre os 12 crimes pelos quais Lindemberg foi acusado.

Pouco antes da sinalização da juíza, a mãe de Eloá apareceu na janela do tribunal e comoveu o grande público que aguardava o termino do julgamento ao redor do fórum de Santo André. Entre eles estavam jornalistas e moradores próximos do local, que esperavam ansiosos por uma resolução.

No último dia de julgamento, a defesa de Lindemberg apostou no envolvimento da polícia e da mídia para indicar que o acusado não respondeu por si quando efetuou os disparos (confirmados em depoimento por ele), afirmando que ele estava em situação de extremo nervosismo. Já a acusação afirmou que o crime era premeditado e que o acusado nutria forte ódio pela ex-namorada, que não queria manter mais o relacionamento com ele.

Em 2008, o caso ganhou forte cobertura da mídia, que o acompanhou durante todo seu desenrolar. A participação da imprensa incluiu ainda uma entrevista com o acusado pela apresentadora Adriane Galisteu enquanto a vítima ainda era mantida em carcere. Os jornalistas também foram acionados para auxiliar a polícia e negociações na época. O caso só chegou ao fim quando a polícia invadiu o quarto em que Lindemberg mantinha Eloá presa. Neste momento, foram efetuados quatro disparos. Nayara recebeu uma bala no rosto e Eloá foi assassinada com dois tiros.

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