quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Advogado diz que Mizael está em Guarulhos e que não irá se entregar

O advogado do policial aposentado Mizael Bispo de Souza, Samir Haddad Junior, disse nesta terça-feira que seu cliente "está em Guarulhos (São Paulo), mas não vai se entregar" e não pode ser considerado foragido. A Justiça da cidade decretou a prisão preventiva de Mizael e do vigia Evandro Bezzerra Silva, acusados da morte da advogada Mércia Nakashima, e determinou que ambos sejam levados a júri popular. A advogada foi encontrada morta em junho em uma represa em Nazaré Paulista.

Haddad afirmou ainda que vai entrar com um recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para que Mizael não vá a júri popular e pedir habeas-corpus pela liberdade do policial na semana que vem. No início de agosto, a Justiça de Guarulhos decretou a prisão de Mizael. O TJ-SP, entretanto, concedeu habeas-corpus dois dias depois.

Mizael foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. Evandro foi denunciado pelo MP por homicídio duplamente qualificado (emprego de meio insidioso ou cruel e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. Ele foi denunciado como partícipe porque teria conhecimento das intenções homicidas de Mizael e teria aceitado colaborar com a prática do crime.

Entre os dias 18 de 21 de outubro, Mizael, Evandro e as testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas pelo juiz. Os advogados dos réus entraram com pedido para a transferência do local de julgamento, de Guarulhos para Nazaré Paulista, onde o corpo foi encontrado, mas a solicitação foi negada pela Justiça.

O caso
A advogada Mércia Nakashima, 28 anos, desapareceu no dia 23 de maio e foi encontrada morta no dia 11 de junho em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. Ela teria sido assassinada pelo ex-namorado e policial aposentado, Mizael Bispo de Souza, que não aceitaria o fim do relacionamento. Rastreamento de chamadas telefônicas feito pela polícia com autorização da Justiça colocariam os dois na cena do crime, de acordo com as investigações. Eles negam as acusações.
Fonte:Terra

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