terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ministro do Turismo nega irregularidade em emenda de R$ 1 milhão para ponte

O ministro do Turismo, Pedro Novais, negou em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, nesta terça-feira, irregularidades na emenda da construção de uma ponte no município de Barra do Corda, no Maranhão, a qual destinou R$ 1 milhão.
De acordo com a reportagem publicada na "Folha de S.Paulo" no último sábado, Novais destinou R$ 1 milhão para uma suposta empresa de fachada para a construção da ponte, quando era deputado federal.

O recurso teria sido liberado em 2010 através de apresentação de emenda ao Orçamento da União. Segundo a reportagem, o Ministério do Turismo assinou o convênio no dia 8 de dezembro.
Na audiência, Novais disse que colocou a emenda mas a licitação não aconteceu. Ele afirmou que o dinheiro só sai da Caixa Econômica Federal quando ela diz que a obra está em condição. O ministro disse ainda que nem um metro de ponte foi construído e que houve um erro lamentável neste assunto.

Novais, que foi ao senado para falar de denúncias de corrupção relacionadas ao ministério, disse que critérios mais rigorosos foram adotados para a prestação de contas de ONGs. Segundo ele, as denúncias envolvendo o Ministério do Turismo não estão relacionadas a atual gestão. O ministro admitiu falhas nas gestões anteriores e no início da atual. A pasta já recuperou parte dos recursos referentes a convênios pagos indevidamente. Novais ressaltou que quando entrou no ministério, a informalidade preponderava e, por mais que ainda prepondere um pouco, ele está lutando bravamente para acabar com ela.

Ele negou ter dado preferência ao Maranhão, seu estado de origem, na liberação de recursos.

O Ministério do Turismo começou a ser investigado no dia 9 de agosto, quando a Operação Voucher da Polícia Federal prendeu 36 pessoas para apurar desvio de verbas no órgão. O objeto da operação foi um contrato de R$ 4,4 milhões do ministério com uma ONG para formação de agentes de turismo no Amapá. De acordo com a Polícia Federal, o dinheiro era desviado para empresas de fachada.

Nenhum comentário: