segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Reinaldo Azambuja quer adicional para aposentados com mais de 70 anos

Kelly Venturini

Consciente de que o Brasil é um país que abandona a infância e despreza a velhice e na certeza de que para mudar essa realidade é preciso mudar principalmente as leis que amparam o idoso é que o deputado Federal Reinaldo Azambuja (PSDB) preparou um projeto de lei que aprovado poderá garantir um adicional de senilidade aos aposentados que recebem menos de quatro salários mínimos de beneficio mensalmente.

O adicional de senilidade, concedido aos aposentados com mais de 70 anos será calculado em cinco por cento sobre os recebimentos e, cumulativamente de cinco em cinco anos a partir dessa idade.

Conforme prevê o projeto o beneficiário deverá fazer prova de vida, nos termos usuais da Previdência Social, a cada cinco anos completados a partir da concessão anterior.

Buscando convencer os colegas da importância de aprovarem as alterações que propõe Azambuja observou que a velhice traz consequências das mais variadas (...) uma delas são as doenças que surgem decorrentes do próprio envelhecimento, algumas vezes pela alimentação incorreta, outras pela predisposição genética, ou falta de cuidados médicos adequados. Somado a todas estas circunstâncias o parlamentar lembrou ainda do árduo trabalho a que a maioria dos nossos idosos são submetidos ao longo da sua existência.

A Constituição Brasileira impõe que a família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

“Na realidade a grande maioria dos idosos, na medida em que o tempo passa, ao invés de poderem se dar ao direito do merecido descanso são forçados a continuar trabalhando ora por ainda serem arrimo de família, ora por conta dos gastos com medicamentos, ou as duas coisas”. Comentou.

Azambuja observa que sustentar uma vida digna na velhice no Brasil é tarefa quase impossível considerando ainda que muitos deles vivem sozinhos e acabam precisando contratar pessoas para acompanhá-los na execução de tarefas do dia a dia ou cuidados com a saúde. “Uma pessoa para acompanhar um idoso não ganha menos que um salário. Como um aposentado que mora sozinho vai custear despesas da casa, compra de medicamentos, e de acompanhante só contando com a aposentadoria?” questiona.

“Sabemos que essa medida não resolve o problema, mas ameniza e abre portas para que outros ajustes sejam feitos de forma a buscar ampliar o direito daqueles que tanto já fizeram pelo nosso País e merecem, como todos nós um dia o faremos, descansar quando a velhice nos alcançar”.

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