O Sindmassa-MS, entidade sindical representativa dos trabalhadores do setor da carne de Rochedo, vem denunciando reiteradamente a sobrecarga de trabalho e o descumprimento das leis trabalhistas por parte do Frigorífico Navicarnes.
De acordo com o presidente da entidade, Fábio Alex Bezerra Salomão, os auxiliares de serviços gerais e faqueiros estão cumprindo jornada de trabalho superior a 14 horas de trabalho diários, ingressando às 4h00 da madrugada e saindo somente após às 20h00, além de esperar até 2h00 para o deslocamento da unidade da fábrica até a cidade de Rochedo. "Temos denunciado reiteradamente a situação ao Ministério Público do Trabalho e a Delegacia Regional de Trabalho - DRT, mas a empresa encontra formas de burlar a fiscalização e os termos de ajusta de conduta - TAC", comenta.
O sindicalista, que também é presidente da União Geral dos Trabalhadores - UGT-MS, reclama que a Navicarnes de Rochedo, que conta atualmente com 325 funcionários, vem praticando ilegalmente o banco de horas, uma forma de burlar o pagamento de horas de extras trabalhadas, pratica que para ser legal deve constar no acordo coletivo de trabalho e aprovado em Assembléia Geral por parte dos trabalhadores do frigorífico.
Outra situação irregular praticada pelo Navicarnes, denunciada por Fábio Bezerra, é o desvio de função com o auxiliares de serviços. Segundo o sindicalista os trabalhadores estão sendo obrigados a descarregar caixas de papelões sem equipamento adequado, roçar e carpir a área externa da empresa e o trabalhadores do último turno, que saem no horário madrugada ficam sem o café da manhã, desrespeitando acordo firmado em convenção coletiva. Acrescenta ainda que a direção do frigorífico vem dificultando o acesso de sindicalista para fiscalizar as condições de trabalho na fábrica, o que já resultou na expulsão do município, Carlos Calves, vice-presidente da entidade, por parte dos encarregado, que permitem o acesso tão somente na hora de almoço e sobre o controle e fiscalização patronal.
Em razão do descumprimento reiterado das normas trabalhistas, Fábio Bezerra defende que o Governo do Estado, reavalie a política de incentivos fiscais concedidos ao Navicarnes. "O Estado não pode continuar abrindo mão de receita para uma empresa que insiste em agir na ilegalidade", denuncia o sindicalista
Gerson Jara - DRT-MS 027/93
Assessoria de imprensa sindical
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