Em reuniões conjuntas das comissões de Meio Ambiente (CMA), Agricultura (CRA) e Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado, ex-ministros do Meio Ambiente discutiram o novo Código Florestal. Em maio, antes da votação na Câmara, os ex-ministros já haviam demonstrado preocupação com pontos do projeto em carta apresentada à presidente Dilma Rousseff.
O ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal Sarney Filho (PV) foi o primeiro a falar. Ele acusou o projeto aprovado na Câmara, agora em tramitação no Senado, de ser um retrocesso na legislação de proteção das florestas. A proposta, de acordo com ele, não visa à preservação do meio ambiente, mas à legalização de criações e plantações feitas em áreas irregulares.
O ex-ministro do Meio Ambiente José Carlos Carvalho chamou a atenção para dispositivos contraditórios, que ao invés de darem segurança para os produtores rurais os expõem, enquanto Carlos Minc defendeu mais incentivo à produção e menos desmatamento. Ele afirmou que é “consensual” a visão que a produção agrícola pode aumentar sem que haja desmatamento.
Já para a ex-senadora Marina Silva, a sociedade também tem um papel na reivindicação de políticas públicas de incentivo à produção agropecuária e, ao mesmo tempo, para viabilizar economicamente o aumento da preservação ambiental. Ela disse que ninguém é a favor do desmatamento e que se a Floresta Amazônica for destruída o Centro-Sul vai virar deserto.
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