quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sigilo eterno de documentos opõe Dilma e bancada do PT no Senado

Com a bancada do PT no Senado publicamente favorável ao fim do sigilo eterno de documentos oficiais, a presidente Dilma Rousseff se viu contrariada pelo partido. Foi dela a decisão de retirar a urgência do projeto, medida que foi vista como uma concessão a "pressões pessoais" de aliados como o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), e o parlamentar Fernando Collor (PTB), ambos ex-presidentes da República.

Na terça-feira, dia 15, os senadores petistas decidiram em sua reunião ordinária apoiar o texto aprovado na Câmara, que limita a 50 anos o prazo máximo para manter documentos ultrassecretos em sigilo.

Após o encontro, entretanto, segundo informações do jornal “O Globo”, a ministra Ideli Salvatti telefonou para o líder da legenda na Casa, Humberto Costa, que comunicou a ela a posição. A chefe das Relações Institucionais argumentou que o Planalto agora defende o projeto original, que permite que determinados documentos sejam mantidos em sigilo. O senador, então, deve se reunir com ela nesta quarta, ouvir o que o governo tem a dizer e depois rediscutir o tema com os colegas do PT.

Ainda na terça, em seu primeiro dia de trabalho como ministra da articulação política, Ideli esteve com Sarney e disse que os senadores apoiam voltar à proposta original.

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