O goleiro Bruno Fernandes de Souza, acusado pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio, compareceu na manhã desta terça-feira, dia 28, diante dos deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O atleta chorou antes do início do depoimento, por volta das 9h40. A dentista Ingrid Calheiros, sua noiva, também esteve presente.
Os deputados convidaram Bruno para prestar esclarecimentos sobre a suposta tentativa de venda de um habeas corpus em seu favor. No depoimento, o goleiro negou ter sugerido ou aceitado qualquer tipo de corrupção para se livrar das acusações. “Eu quero sair daquela (penitenciária) Nelson Hungria de cabeça erguida, porque eu não devo nada. Quero sair para cuidar da minha carreira e dos meus entes queridos. Se eu quisesse sair por meio de corrupção, eu teria aceitado o pedido do senhor Edson Moreira, que me pediu R$ 2 milhões para jogar a culpa em cima do Macarrão e do meu primo menor", afirmou.
O ex-capitão do Flamengo disse que o delegado Edson Moreira, titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) mineiro, tentou extorquí-lo e o ameaçou. Segundo Bruno, ele sugeriu em uma conversa informal que a culpa fosse jogada em Macarrão, um dos réus do crime, em troca de R$ 2 milhões.
“Naquela época, eu conseguiria esses R$ 2 milhões em um estalar de dedos, (...) mas eu considero o Macarrão uma criança, então eu não faria isso", afirmou. "Ele (delegado Moreira) perguntou o que eu achava se eu encontrasse pedaços de minha filha espalhados por Minas Gerais. Uma perna aqui, outra ali, decapitada", completou.
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