terça-feira, 28 de junho de 2011

Para Mercadante, com Quércia vivo as acusações "não durariam meia hora"

Em depoimento na manhã desta terça-feira, dia 28, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) se defendeu das acusações de que seria um dos mentores e teria ajudado a arrecadar dinheiro para a compra do “dossiê dos aloprados”, em 2006, contra o tucano José Serra.

O petista usou como defesa trechos de um parecer do então procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, que o considerou inocente pelo episódio. Para ele, o caso só voltou à tona porque Orestes Quércia morreu e não tem como se explicar sobre as acusações. "Se Quércia estivesse vivo, isso não duraria meia hora", argumentou.

O ministro começou a participação na audiência pública com ironia: “Fico feliz em ver tanto interessados para falar sobre Ciências e Tecnologia”. “Sei que tem gente aqui que quer debater outros temas, que eu tenho interesse de debater de forma pública”, completou. Mercadante foi ao Senado para tratar oficialmente do tema "Economia e competitividade: a importância da inovação", mas aproveitou a ocasião para se explicar sobre as novas denúncias relativas ao “dossiê dos aloprados”.

Mercadante teria 30 minutos para falar sobre as ações do Ministério da Ciência e Tecnologia e então depois o espaço seria usado para perguntas dos parlamentares. Ao final de sua fala, ele mesmo abordou a questão. “Tenho interesse em falar sobre as denúncias da ‘Veja’. Acho que o Senado deve, sim, fazer esse debate. É essa atitude que tem que ter na vida pública. Faço questão de enfrentar a discussão”, abriu a discussão.

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