
Priscilla Peres
Cinco estudantes e o motorista ficaram feridos na noite desta sexta-feira (3) no atentado contra um ônibus escolar que transportava cerca de 30 alunos para uma aldeia indígena de Miranda, a 203 quilômetros de Campo Grande.
O ataque, com pedras e uma garrafa cheia de gasolina, aconteceu por volta das 23h30 e destruiu parcialmente a parde dianteira do veículo.
A garrafa com combustível, uma espécie de coquetel molotov, estourou no parabrisas do ônibus, incendiando a parte dianteira e atingindo alguns alunos, além do condutor. Os estudantes têm idade entre 15 e 17 anos. Quatro foram encaminhados para a Santa Casa de Campo Grande com queimaduras graves.
Segundo a Polícia Civil de Miranda, a suspeita é de que um índio teria ficado escondido na estrada esperando o ônibus passar para o ataque, que teria realizado sozinho. Policiais foram atrás do suspeito, mas ao chegar na casa do acusado, ele já havia fugido.
Ainda segundo a polícia, uma desavença entre as aldeias Argola e Babaçu poderia ter motivado o atentado. As duas aldeias fazem parte da Terra Indígena “Cachoeirinha”, onde reside o povo terena.
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI/MS) se manifestou neste sábado (4), dizendo que o povo Terena de Cachoeirinha possui várias de suas lideranças ameaçadas de morte devido à luta travada pela desocupação de fazendeiros de suas terras tradicionais já identificadas e declaradas pelo Governo Federal.
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