Nesta quinta-feira, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) resolveu romper com o silêncio e convidou o coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, para uma reunião.
Marcado para esta quinta-feira, às 16h, o encontro tenta acabar com a paralisação das mais de 9 mil agências por todo o país. As informações são da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Segundo Cordeiro, que tembém preside a Contraf, "foi a força da greve que reabriu finalmente o diálogo". Ele espera que agora os bancos apresentem uma "proposta decente, que atenda às justas reivindicações da categoria".
A maior paralisação das últimas duas décadas ocorre desde o dia 27 de setembro. O motivo foi a rejeição pelos sindicatos da proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban. O setor reivindica reajuste de 12,8%, além de valorização do piso, maior participação nos lucros e resultados, mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral.
Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Contraf-CUT, revelou que o salário inicial pago pelos bancos brasileiros - os mais lucrativos do continente - em agosto de 2010 era equivalente a US$ 735, menor que o dos uruguaios (US$ 1.039) e quase a metade do valor recebido pelos argentinos (US$ 1.432).
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