O Ministério Público Federal do Amapá está avaliando enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) as denúncias que envolvem a deputada Fátima Pelaes (PMDB) no esquema de corrupção no Ministério do Turismo. O nome dela aparece em pelo menos quatro depoimentos como destinatária do dinheiro.
Os responsáveis pelo inquérito discutirão hoje se vão comunicar o caso dela ao STF e avaliaram que, até agora, o envolvimento de Fátima foi a grande novidade até agora. Apenas a PGR tem permissão para investigá-la, já que a deputada tem foro privilegiado no STF.
Em um relatório divulgado pela Polícia Federal sobre a Operação Voucher, os agentes afirmaram que funcionários da Caixa Econômica Federal ajudaram os suspeitos a maquiar os desvios e comprovar as despesas do convênio entre o ministério e a ONG Ibrasi, que eram depositados no banco.
"Os áudios também fornecem consistentes indícios de que Katiana e Luiz [dirigentes da ONG] contam com a colaboração de funcionários da Caixa Econômica Federal (provavelmente da agência Iguatemi, de São Paulo), que deixam de fazer algumas exigências normais para as operações por eles realizadas, inclusive repassando via fax documentos com informações sigilosas", diz o relatório da PF.
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