Escutas gravadas com autorização da Justiça mostram que cantores e jogadores de futebol eram clientes da concessionária de carros que foi alvo da megaoperação da Polícia Federal nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro. Entre os investigados, está o jogador Emerson Sheik, atualmente no Corinthians. Ele não foi encontrado pelos investigadores, e tem tem dois dias para entregar o carro importado irregularmente, um Chevrolet Camaro.
A megaoperação que apreendeu 40 começou após uma investigação da morte do bicheiro Rogério Andrade, que descobriram a ligação estreita entre mafiosos do Brasil e do exterior.
O procurador Antonio Cabral disse que muitos dos compradores sabiam da origem irregular dos automóveis. "Eu não posso entrar em detalhes sobre uma ou outra transação. Mas os indivíduos que compraram esses carros sabiam na maior parte, a gente tem certeza disso, sabiam que o automóvel era usado", garante.
"Sejam ou não sejam artistas, esportistas, todos eles responderão pelos delitos de contrabando nesse primeiro momento. E, caso seja comprovado, também responderão pelo delito de sonegação fiscal", diz o procurador.
Imagens também mostram Diguinho, do Fluminense, ao lado do BMW X-6, poucos dias antes da operação. Na sexta-feira, o carro foi apreendido na operação. Outro jogador, Kleberson, do Atlético Paranaense, usava um GMC Hummer, também apreendido. Jogadores do Flamengo e do Botafogo também estão sendo investigdo.
Já o cantor Latino tem que apresentar à Receita Federal, até terça-feira, um Cadillac Escaladeé. O Ministério Público Federal também pediu uma investigação sobre o cantor Belo, que teria telefonemas gravados citando o artista. Todos negam qualquer envolvimento e que agiram "de boa fé".
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