Os Estados Unidos estão perdendo espaço nos interesses da América do Sul e dando mais visibilidade ao Brasil. É o que informa, nesta sexta-feira, a revista "The Economist". Apesar disso, os americanos afirmam que têm "influência e interesse vital na região". Segundo o periódico, as disputas e desentendimentos no Congresso americano são prejudiciais para a política americana para a América do Sul. Assim, o Brasil acaba ganhando maior peso.
O presidente priorizou algumas coisas, tais como o golpe de Honduras, e teve que deixar outros aspectos de lado. A parceria prometida entre as Américas foi um deles.
A revista relembra episódio ocorrido em julho, no qual a oposição republicana suspendeu o financiamento dos EUA para a Organização dos Estados Americanos (OEA). Os conservadores não teriam aprovado a atitude do secretário-geral da organização, José Miguel Insulza ao tirar Honduras da OEA e defender a inclusão de Cuba.
Além do mais, os tratados de livre comércio (TLCs) firmados entre EUA, Colômbia e Panamá, esperam aprovação do Congresso americano. "Assuntos que importam muito à América Latina - drogas, migração, comércio e Cuba - são hoje determinadas pela política doméstica" dos EUA, disse a reportagem.
A América Latina muda rapidamente, cresce economicamente, tem relações comerciais pulsantes com a China e as democracias estão cada vez mais fortes, com o surgimento de governos de centro-esquerda.
Desde a tentativa fracassada de Brasília em mediar a crise nuclear no Irã sem o apoio dos EUA, o vínculo entre os dois países esfriou. A boa relação entre Dilma e Obama, porém, pode ser a salvação para a construção de laços mais firmes.
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