sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Acrissul recorre à Câmara de Vereadores para reabrir parque de exposições

A diretoria da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) reuniu-se na manhã desta quinta-feira com cerca de 16 vereadores na Câmara Municipal de Campo Grande, para expor aos parlamentares as consequências da interdição imposta pela Secretaria de Meio Ambiente do município que, alegando falta de licenciamento ambiental do Parque de Exposições Laucídio Coelho, interditou o funcionando do local, com exceção do escritório administrativo da associação. Segundo o presidente da entidade, Francisco Maia, persistindo a interdição a saída será fechar definitivamente o parque e entregar as chaves para o prefeito Nelson Trad Filho.

Para o presidente Maia há um excesso na medida administrativa da Prefeitura, uma vez que a Acrissul protocolou o projeto de licenciamento ambiental do Parque no dia 15 de julho deste ano. “Se o projeto está em tramitação, como pode o Município mandar interditar o parque de exposições?”, questiona. O presidente da Câmara Paulo Siufi concorda que há exagero, até mesmo nas exigências do próprio Ministério Público, que forçou a interdição do Parque alegando que a Acrissul não cumpriu acordo firmado em abril. “Mas a entidade está cumprindo o acordo. A questão é que parte do TAC é impossível de ser executada, como por exemplo a parte que obriga a associação a isolar a acústica dos shows, o que custaria R$ 10 milhões”, argumenta Maia.

A Câmara de Vereadores, que é a casa de leis de Campo Grande, irá se reunir para avaliar o impacto da interdição do Parque de Exposições e tentar uma saída política para a situação. Até mesmo procurando o Ministério Público do Meio Ambiente para argumentar sobre a impossibilidade econômica de cumprir-se certas partes do acordo. O fato é que todos os eventos programados para acontecer no Parque estão suspensos, o que obriga os promotores a procurarem outros locais, nem sempre adequados e seguros.

Não obtendo êxito, uma das saídas da Câmara é reapresentar o projeto de lei que torna o Parque de Exposições uma exceção à regra da lei do silêncio, podendo realizar shows e outros eventos que hoje não pode por força do Termo de Ajustamento de Conduta. Para o presidente da Acrissul nenhum parque de exposições do País tem licenciamento ambiental. “Aliás, o Parque das Nações Indígenas também não tem, nem a Feira Central, nem a Praça do Rádio, e ali são feitos shows frequentemente, em plena área residencial”, questiona.

Por sugestão dos vereadores, a associação poderá encomendar uma pesquisa na região para saber a opinião dos moradores sobre os ruídos provocados pelos shows da Expogrande. "Já sabemos por sondagem que a maioria é favorável aos shows, até porque isso gera uma renda para as famílias do entorno do Parque, além de causar um impacto na economia do Estado de quase R$ 150 milhões durante a Expogrande", afirma Maia.

Sobre o Parque
O Parque de Exposições Laucídio Coelho possui uma área de 170 mil metros quadrados, uma das melhores estruturas para realizações de exposições do País. Sua área de shows comporta 100 mil pessoas, com segurança e espaço para montar bares, camarotes e tudo mais para garantir conforto e segurança ao visitante. Está localizado na Vila Carvalho, numa região estratégica da cidade, acessível a todos. Está no mesmo local há mais de sete décadas e constitui um verdadeiro patrimônio histórico e cultural de Mato Grosso do Sul. A Expogrande – promovida pela Acrissul – é uma das mais longevas feiras agropecuárias do País, indo para a sua 74ª edição. E está no roteiro das grandes festas populares brasileiras. Agora, ameaçada de não acontecer mais.

Fonte: Via Livre Ass. de Imprensa | Acrissul
Mais informações: (67) 3042-7587

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