quarta-feira, 27 de abril de 2011

Cade afirma que não é agente regulador e irrita C13 e RedeTV!

AE/ANDRE DUSEKPresidente do Cade, Fernando Furlan, não agradou nem o Clube dos 13 nem a RedeTV!

Durante o evento organizado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte, que debateu sobre a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro dos próximos anos nesta quarta-feira, Fernando Furlan, presidente do Cade, deixou a entender que não irá interromper as negociações entre a Globo e os clubes dissidentes e afirmou: “O Cade não é agente regulador”. O posicionamento do órgão federal não agradou o Clube dos 13 e também a RedeTV!, vencedora da licitação feita pelo C13.

“O presidente do Cade disse que o acordo estaria integralmente cumprido se não houvesse a cláusula de preferência. Só que o Clube dos 13 também concordou com as sugestões do Cade. Entre elas, definir critérios claros e objetivos na realização das concorrências, em uma licitação pública. Agi como o Cade determinou. Jamais iria colocar o presidente do Cade no constrangimento de responder. Mas como ele mencionou só umas das partes, me vi na obrigação de fazer esse aparte”, reclamou Fábio Koff, presidente do Clube dos 13.

Depois dos comentários de Koff, Furlan explicou sobre a obrigatoriedade da licitação feita pelo C13. “Pedimos licitação ao Clube dos 13 porque se trata de uma associação. E a lei diz que quando há um agrupamento há risco à concorrência. Quando tem negociação individual, a princípio não tem problema concorrencial. Só pedimos que as mídias sejam negociadas separadamente, o que não impede que a mesma empresa compre todas as mídias”, afirmou.

Em resposta às declarações do Cade, Kalled Adib Neto, diretor de operações da RedeTV! também se manifestou. “Gostei muito quando o Furlan fala que o Cade não é regulador. O que é a preferência? A RedeTV! acredita nessa questão principal, que é proibir o direito de preferência. O que aconteceu? Vou para a licitação, o meu valor se torna público, aí o outro veículo vai lá e fecha sabendo do meu valor. Se isso não é preferência, quero entender melhor o mercado”, disse.

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