sexta-feira, 29 de abril de 2011

Inter mantém invencibilidade com Falcão e joga por 0 a 0 para avançar

AFP PHOTOEm jogo duro, Inter joga o suficiente para garantir bom resultado

As memórias de Falcão não serão as melhores do Centenário. Ali ele se despediu com derrota do Inter nos tempos de jogador. No mítico estádio, ele viu o seu time ter a sua pior atuação nos quatro jogos sob o seu comando. Apesar de não ter rendido em alto nível nesta quinta-feira, o 1 a 1 com o Peñarol faz com que Colorado volte do Uruguai com o sentimento de ter conquistado um resultado positivo. O negativo foi a pouca força ofensiva apresentada durante toda a partida.

O Inter fez o que é importante quando se joga fora de casa em um mata-mata da Libertadores. Não perdeu e marcou gol, mesmo que não tenha jogado bem. Sob a tutela de Falcão, o time realizou sua pior partida, mostrando pouco poder ofensivo e algumas falhas individuais na defesa. Não teve criatividade, nem penetração, vivendo na mesmice de arriscar de média distância durante os 90 minutos.

Pela primeira vez o treinador colorado viu sua equipe sair perdendo. Corujo marcou, no fim do primeiro tempo. Na etapa final, o empate saiu em chute de quem sempre tem salvado na hora do aperto. Leandro Damião marcou seu 18º gol no ano em chute de fora da área, deixando os colorados tendo 0 a 0 como resultado favorável na próxima quarta-feira, no Beira-Rio.

Falcão segue a sua sequência de decisões. Antes de disputar a classificação às quartas de final, o Inter tem clássico Gre-Nal no domingo. A vitória é uma obrigação para manter as chances de ser campeão gaúcho.

O jogo - Um Centenário cheio e vibrante influenciou o começo do jogo, deixou o Inter um pouco perdido nas primeiras movimentações. Os gaúchos demoraram 15 minutos para que conseguissem balancear as ações. O equilíbrio, entretanto, não significava que o time de Falcão estivesse jogando bem.

Problemas inexistentes nos primeiros três jogos sob seu comando apareceram. A bola pouco passava pelo meio-campo. A defesa tinha erros individuais perigosos na proximidade do gol. A linha de impedimento em cobranças de falta não funcionou outra vez. A falha resultou no primeiro lance de perigo do confronto. O goleiro Renan, com duas defesas no mesmo lance, manteve o placar intacto.

A vida ofensiva colorada se resumia a chutes de fora da área. Muito pouco para quem é o atual campeão da América. Produção quase insignificante para quem busca o terceiro título na competição. Quase nada para quem enfrentava um adversário que não atuava há sete anos pela Libertadores.

Aos 36 minutos, as falhas transformaram-se em gol do Peñarol. Em lance pela esquerda, saiu o cruzamento que achou Corujo levando vantagem sobre os quase inertes Bolívar e Kleber para marcar.

Para reverter a situação, o Inter voltou com Oscar no lugar de Rafael Sobis. Os carboneros também estavam diferentes. Os nomes eram iguais, mas a postura havia se transformado. Os donos da casa passaram a tentar controlar o jogo, possibilitando aos colorados avançarem no campo.

As dificuldades de criação seguiam. O gol do empate saiu do modo como os visitantes tentaram o tempo todo. Em chute de fora da área de Leandro Damião, a bola desviou na defesa antes de encontrar o caminho da rede, aos 19 minutos.

Os uruguaios voltaram a pressionar um pouco mais, mas assim como o Inter, estiveram longe da área, fazendo o 1 a 1 permanecer no placar até o último apito.

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