terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pedro Simon diz que movimento anticorrupção vai acabar com a impunidade

O senador Pedro Simon (PSDB) disse nesta terça-feira que o movimento anticorrupção, que tem protestos marcados em todo o país no dia 7, em meio às comemorações da Independência, veio para ficar e não vai se perder no tempo como os “caras pintadas” da época do impeachment do então presidente Fernando Collor. As informações são da Agência Brasil.

“A diferença é que, desta vez, vamos trabalhar com fatos concretos, com uma série de leis importantes para, por exemplo, terminar com a impunidade e a verba pública de campanha e criar a fidelidade partidária. A sociedade organizada vai lutar e cobrar a aprovação desses projetos”, declarou Simon, que se queixou da pressão sobre o Legislativo.

“Uma coisa é deixar o Congresso falar. Outra coisa é o povo na rua se movimentando. Ficha Limpa passou por quê? Foram 1,5 milhão de assinaturas de populares, num projeto de iniciativa popular e, depois, mais 4 milhões assinaram em solidariedade”, destacou o tucano. “O Brasil não pode ser o país da impunidade onde só ladrão de galinha vai para a cadeia. Como em todos os lugares do mundo, corrupção existe, mas pode ser um grande político, um milionário, que pega cadeia.”

Em Brasília, a Marcha contra a Corrupção está com a saída marcada para as 10h desta quarta-feira, da frente do Museu Nacional. O movimento também promete fazer barulho em outras cem cidades brasileiras. Segundo a organização, o protesto será pacífico e é apartidário.

A ideia surgiu quando eclodiram denúncias nos ministérios dos Transportes, da Agricultura e do Turismo, mas ganhou força com a absolvição da deputada Jaqueline Roriz. Apesar de ter sido flagrada em vídeo recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, e ter admitido caixa dois na campanha, ela escapou da cassação. A decisão foi tomada pelos colegas da Câmara em voto secreto, que também gerou uma discussão.

A capital federal sedia o principal desfile do país em comemoração ao Dia da Independência. A expectativa do evento é reunir neste ano 50 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Segundo a ONG Contas Abertas, serão gastos R$ 900 mil para a promoção da solenidade.

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