Na tarde desta terça-feira, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão, se apresentou à delegacia de Altamira (PA) depois de a Justiça ter decretado sua prisão preventiva. Ele foi acusado de ser um dos mandantes da morte da missionária Dorothy Stang, em 2005, e condenado a 30 anos de prisão no ano passado, junto com outros quatro réus, que estão presos. Galvão aguardava em liberdade o julgamento de recursos.
O advogado de Galvão, Jânio Siqueira, afirmou que o réu preferiu ir espontaneamente à polícia. Ele disse ainda que, em recurso encaminhado à Justiça, o fazendeiro teve o direito de defesa cerceado porque ficou sentado no meio do plenário durante o julgamento, distante de seu defensor. O advogado alegou também que a pergunta enviada aos jurados foi mal redigida e os induziu a erro. Por essas razões, a defesa pedia um novo julgamento.
Os argumentos foram rejeitados por unanimidade pelos desembargadores, que pediram a prisão preventiva do fazendeiro para evitar que ele fuja ou ameace testemunhas.
Segundo o advogado, Galvão nega ter participação no crime. A defesa disse que vai recorrer da decisão e pedir novo habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A freira norte-americana, naturalizada no Brasil, Dorothy Stang, foi assassinada em 2005 numa estrada em Anapu (PA), onde liderava o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS).
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