
A presidente Dilma Rousseff fez história na manhã desta quarta-feira ao abrir a assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos. Ela iniciou o discurso falando da crise financeira mundial, numa longa fala. Entre os pontos principais, Dilma destacou que os países emergentes e os desenvolvidos precisam se unir. Além disso, ela fez críticas aos países ricos, afirmando que problema da crise não é falta de dinheiro, e sim de falta de recursos políticos.
"Pela primeira vez uma voz feminina inaugura o debate geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nessa tribuna. Com justificado orgulho de mulher que vivo esse momento histórico. Divido essa emoção com mais da metade dos seres humanos desse plano, que como eu, nasceram mulher", iniciou a presidente.
"Em seguida, Dilma começou a falar sobre a crise econômica. É com coragem e sinceridade que quero lhes falar no dia de hoje. O mundo vive um momento extremamente delicado e ao mesmo tempo histórico. Enfrentamos uma crise econômica que pode se tornar uma grave ruptura sem precedentes. O destino do mundo está nas mãos de todos os governantes. Ou ficamos juntos ou saímos derrotados, afirmou Dilma, de forma enfática.
Ela continuou: "Menos importante é saber quais foram os causadores. Importa, sim, encontrarmos soluções coletivas, rápidas e verdadeiras. Essa crise é séria demais para que seja administrada apenas por poucos paises. Mas como todos os países sofrem as consequências, todos têm o direito de participar das soluções. O maior problema dos países ricos não é o dinheiro, e sim falta de recursos políticos".
Logo depois ela começou a falar sobre o desemprego, pedindo para os lídres mundiais não deixem que a "praga" se espalhe.
"Enquanto muitos governos se encolhem, a fase do desemprego se amplia. É vital combater essa praga e impedir que se alastre para outras regiões do planeta. Nós mulheres sabemos que o desemprego não é apenas uma estatística, ela acaba com famílias. Sabemos que nossa capacidade de resistência não é limitada. Um novo tipo de cooperação entre emergentes e desenvolvidos é uma oprtunidade histórica", complementou Rousseff.
Dilma pede novamente vaga no Conselho de Segurança da ONU
Outro momento marcante no discurso da presidente Dilma foi novamente o pedido para que o Brasil faça parte do conselho. Ela afirmou que a ONU precisa se adaptar ao atual cenário e valorizar mais os países emergentes na participação da organização.
"O debate em torno da reforma do conselho já entra em seu 18º ano. Não é preciso protelar mais. O mundo precisa de um Conselho de Segurança que represente a atual realidade. Em especial representantes de países em desenvolvimento. O Brasil está pronto para assumir sua responsabilidade como membro do conselho. Tenho orgulho de dizer que o Brasil é um vetor de paz, estabilidade e prosperidade em sua regiçao, e até mesmo fora dela", disse Dilma.
O papel da mulher no Brasil e no mundo
Dilma encerrou seu discurso falando da mulher, e não somente a brasileira. Ela afirmou que a mulher é a figura central das políticas assistencialistas brasileiras e elogiou o presidente da ONU, Ban-Ki Moon, por valorizar as mulheres dentro da organização. "Mas o meu país, como todos os países do mundo, ainda precisa fazer muito mais pela valorização e afirmação da mulher", acrescentou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário