quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Marquinhos Trad alerta sobre o anúncio da venda de 54% da empresa responsável pela distribuição de energia no MS.

Por Ana Rita de Paula

A comercialização de 54% do capital total do Grupo Rede pertencente ao acionista majoritário Jorge Queiróz, foi o assunto abordado na manhã desta terça feira pelo deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB/MS) no Plenário da Assembléia Legislativa.

O Grupo, que possui a concessão de distribuição de energia em 7 estados brasileiros, entre eles o Mato Grosso do Sul (aqui representado pela Enersul), tem enfrentado dificuldades financeiras, apresentando um alto valor de endividamento. Seu último balanço, referente ao terceiro trimestre de 2011, mostra vencimentos de empréstimos e financiamentos de curto prazo da ordem de 2 bilhões de reais, além de outros 5 bilhões a longo prazo. Porém, em setembro deste ano, o caixa da empresa era equivalente a 762 milhões de reais, quantia insuficiente até mesmo para sanar as dívidas dos empréstimos e financiamentos à curto prazo. A situação que se arrastava há algum tempo, se tornou ainda mais complicada depois da aprovação das novas regras tarifárias. A nova fórmula de cálculo tarifária diminui a capacidade de geração de caixa das empresas de distribuição em cerca de 40%, além de ter os reajustes anuais atrelados à qualidade do serviço.

O deputado estadual Marquinhos Trad questionou a transparência nas atitudes da empresa diante do endividamento da distribuidora. Para ele, parece que o grupo se instalou no estado já com o objetivo de restabelecer suas finanças, já que o valor cobrado no estado não corresponde ao padrão de serviço oferecido. “Eles atribuem fraude nos medidores de energia, sem dar chance de defesa para o consumidor, que prefere parcelar uma multa questionável a ficar sem o serviço”, concluiu Marquinhos.

Mais uma vez, preocupado com a questão da energia em nosso estado, o deputado pediu que houvesse uma maior fiscalização nestas negociações. “Não adianta irmos à Aneel somente na hora do reajuste. Temos que ficar de olho nestas negociações, pois quem adquirir os 54% das cotas do Grupo Rede terá não só a concessão de explorar o serviço no nosso estado, mas terá imediatamente um terço do território brasileiro sob sua tutela, atendendo em torno de 5 milhões de consumidores”concluiu o deputado.

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