O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, entregou o cargo no fim da tarde deste domingo após uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. O cargo era muito contestado após várias denúncias terem decaído sobre ele. O Ministério será liderado interinamente pelo atual Secretario Executivo do Trabalho, Paulo Roberto Pinto.
Lupi é o sétimo ministro que não consegue completar o ano sob a presidência de Dilma. Em 2011, já deixaram o cargo Wagner Rossi (Agricultura), Antonio Palocci (Casa Civil), Nelson Jobim (Defesa), Pedro Novais (Turismo), Alfredo Nascimento (Transportes) e Orlando Silva (Esportes). A movimentação de cargos deu à presidente a condição popular de "varredora da corrupção".
Deste grupo, Lupi foi o que mais aguentou acusações sem deixar o cargo. Ele vinha resistindo desde 9 de novembro, quando uma reportagem da revista "Veja" afirmou que alguns membros do PDT eram responsáveis por um esquema de desvio de dinheiro destinado a ONGs ligadas ao ministério do Trabalho.
Após isso, os assessores do acusado foram demitidos. Além disso, o membro do partido democrático trabalhista foi acusado de viajar ao Maranhão pelos esforços de Adair Meira, responsável por entidades que têm contrato próximo a R$ 14 milhões com a pasta.
Mesmo sem declarar nada, Dilma já havia demonstrado que deveria demitir Lupi apenas durante a reforma ministerial, prevista para janeiro.
Com a queda do ministro, chega ao fim uma trajetória que começou ainda em março de 2007, quando Luiz Inácio Lula da Silva presidia o país. Lupi, do PDT, continuou no cargo após Dilma assumir (2011) por recomendações do PT.
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