A Justiça Federal de Minas Gerais condenou o publicitário Marcos Valério e seu ex-sócio na empresa SMP&B Comunicações, Cristiano Paz, a seis anos de prisão por prestar informações falsas ao Banco Central. A condenação aconteceu uma semana depois de Valério ter entregado sua defesa ao Supremo Tribunal Federal no processo sobre o mensalão, esquema no qual ele é apontado como operador.
De acordo com a sentença, eles prestaram informações falsas em 1999 sobre as operações e situação financeira da agência no Banco Rural. Valério e Paz alteraram o capital da empresa de R$ 150 mil para R$ 4,5 milhões. Esta alteração permitiu que eles conseguissem justificar depósitos irregulares na conta sem levantar suspeita na fiscalização do Banco Central.
De acordo com o juiz Leonardo Augusto de Almeida Aguiar, da 4ª Vara Federal de Minas Gerais, a mudança fez com que o esquema fosse encoberto de 1999 a 2005. Ele afirmou que os operadores estavam agindo com grande liberdade e fora do foco de qualquer investigação.
A decisão foi tomada no dia 1º de setembro e foi divulgada na semana passada. A pena para Valério é de seis anos e dois meses de prisão e, para Paz, de quatro anos e oito meses. Eles também são réus da ação penal do mensalão.
As defesas dos dois negaram as acusações e informaram que já recorreram ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.
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