quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Suspeitos de fraudar o INSS usavam nomes de vítimas de acidentes aéreos

O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) deflagraram nesta quinta-feira a Operação Miragem, para desmanchar uma quadrilha que fraudava benefícios previdenciários e assistenciais do INSS. Além de denunciar 20 integrantes, o MPF expediu 17 mandados de prisão preventiva para cinco servidores do INSS e 12 intermediários e mais 25 mandados de busca e apreensão. Já foram detidas 16 pessoas.

A investigação da Força Tarefa Previdenciária apontou que alguns instituidores das pensões por mortes fraudulentas eram selecionados entre as vítimas de grandes desastres aéreos no país, como o choque entre o avião da Gol e o jato Legacy em 2006, o acidente da TAM em Congonhas em 2007 e a queda do avião da Air France em 2009.

Como várias vítimas não teriam deixado dependentes, foram forjadas falsas relações de parentesco e dependência econômica, com as quais lastrearam a concessão de pensões por morte. As fraudes eram realizadas por despachantes e servidores que introduziam as informações fictícias no sistema e falsificavam documentos públicos para obter a concessão de benefícios, como pensões por morte e aposentadorias irregulares.

Calcula-se que a organização atua desde o ano de 2007 e causou um prejuízo aos cofres da Previdência Social de aproximadamente R$ 3 milhões.

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