sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Deputados de SP vão recorrer do fim do "auxílio-paletó"; deputado vai barganhar ternos

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) vai recorrer da medida judicial que determinou o fim do “auxílio-paletó”, segundo o presidente da Casa, deputado Barros Munhoz (PSDB). A verba era concedida duas vezes por ano para a compra de vestuário “adequado” às sessões.

Os 94 deputados estaduais recebiam anualmente o equivalente a dois salários extras, valor que passava de R$ 40 mil. O Ministério Público (MP) de São Paulo havia questionado a constitucionalidade do “auxílio-paletó”, considerado pelos promotores uma “afronta à moralidade administrativa”.

“Têm coisas muito imorais em outras instituições do país, que não no Legislativo. Essa é transparente, foi criada quando deixou de se pagar a sessão extraordinária aos parlamentares”, defendeu Munhoz ao jornal “O Globo”. Para ele, a verba não é usada só para a compra de ternos, mas também para outras despesas parlamentares.

Já o deputado Luiz Carlos Gondim (PPS) mostrou preocupação com os gastos extras devido ao fim do benefício. Ele disse que vai apelar à “barganha” para poder comprar ternos de qualidade, já que as pessoas repararam “nessas coisas”.


“Normalmente você vai comprar um terno da VR (loja que vende modelos de R$ 690 a R$ 3.890), de qualidade especial. Agora é ir ali no shopping D (shopping popular de São Paulo) e procurar um terno de R$ 90, R$ 120", lamentou ao jornal “Folha de S. Paulo”. “Você que é casado vai com a esposa. Vai comprar a porra de um vestido: é R$ 200, R$ 400.”

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