As declarações foram feitas após a participação dele no 2º Congresso da Conferência Mundial de Justiça Constitucional, no Hotel Sofitel, em Copacabana, na zona sul do Rio. Apesar de admitir que a discussão deve voltar entrar novamente em pauta, após a disputa eleitoral na Câmara, Temer ressaltou que a decisão sobre cargos será da presidente.
'Ainda não houve a distribuição dos os cargos de segundo escalão. Quando este problema vier, não apenas o PMDB, mas todos os partidos vão apresentar (suas sugestões) e a presidente determinará o que será feito', afirmou. Ele descartou qualquer possibilidade de boicote ao governo nas futuras votações. 'Não haverá isto. Nem da parte do PMDB, nem da parte dos demais partidos. O Congresso brasileiro é responsável. Tenho absoluta certeza de que isto não ocorrerá', enfatizou.
Temer declarou que não teme dificuldades para o PMDB obter cargos no Ministério da Saúde, mesmo após a divulgação sobre a investigação do suposto desvio de R$ 500 milhões da Fundação Nacional de Saúde. 'Se houve desvio, isto será investigado e as sanções aplicadas. No caso do Ministério da Saúde, o líder do PMDB já esteve com o ministro Alexandre Padilha. Eu mesmo fiz a intermediação deste encontro. Eles ajustaram que em conjunto escolherão os nomes. O nome não será do PMDB, mas será escolhido em conjunto', revelou.
O embate entre lideranças do PT e do PMDB começaram logo após o surgimento dos nomes dos futuros ministros do governo Dilma, ainda no ano passado. Recentemente, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, afirmou que seus correligionários precisavam 'ser convencidos' pelo governo do valor proposto pelo Planalto, de R$ 540, para o salário mínimo. Na última sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirmara que Dilma vetaria qualquer valor acima desta proposta, anunciou que o governo editará uma medida provisória estabelecendo o valor R$ 545 reais, a partir de 1º de fevereiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário